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Veja como assistir pouso da Nasa no misterioso asteroide Bennu nesta terça-feira, 20

Conhecido como "asteroide do apocalipse", Bennu é um dos mais estudados pela astronomia recente
13:24 | Out. 19, 2020
Autor Redação O POVO
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A Nasa, agência espacial norte-americana, transmitirá ao vivo nesta terça-feira, 20, o pouso da sonda Osiris-REx na superfície do misterioso Bennu, um dos asteroides mais estudados pela astronomia recente. Ele é conhecido como "asteroide do apocalipse" pela probabilidade, ainda que remota, de um dia se chocar com a Terra.

Segundo o UOL Notícias, a transmissão que mostrará a descida da nave está marcada para começar a partir das 18 horas (horário de Brasília) e a aterrissagem está prevista para 19h12min (horário de Brasília). Será possível acompanhar pelas redes sociais da Nasa, pelo site da agência e pelo canal dela no YouTube.

Durante a missão, amostras do asteroide serão coletadas e trazidas para a Terra, o que também será exibido ao vivo. Segundo a Nasa, Bennu possui material do início do sistema solar e pode conter também os precursores moleculares da vida e dos oceanos da Terra.

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Tour virtual em Bennu

 

A sonda Osiris-Rex, que tem o tamanho aproximado de uma van de 15 passageiros, orbita Bennu há quase dois anos. Com todo esse tempo de coleta de dados, os pesquisadores conseguiram criar um mapa 3D de seu terreno. Inclusive, é possível fazer uma tour virtual para ter uma ideia de como é o asteroide. (Confira vídeo abaixo)

Bennu tem quase a mesma altura do prédio Empire State Building (381 metros), que fica em Nova York (EUA), de acordo com a Nasa. Ele é apelidado de "asteroide do apocalipse" pela probabilidade, ainda que remota, de um dia vir a se chocar com a Terra. Segundo a Nasa, a chance é de uma em 2.700.

LEIA MAIS | A missão da Nasa ao asteroide que pode colidir com a Terra

Descobertas recentes

 

Um artigo científico foi divulgado no último dia 9 com novas descobertas sobre Bennu. Os pesquisadores observaram a presença de "veios de carbonato" (material orgânico portador de carbono) espalhados na superfície do asteroide.

Algumas dessas veias têm um metro de comprimento e vários centímetros de espessura. A descoberta é uma evidência de que a água já fluiu livremente sobre as rochas do Bennu, segundo os astrônomos.

Os resultados também chamaram atenção dos pesquisadores pelo fato de as características dos veios de carbonato serem parecidas com as do material que ajudou a formar a Terra.

Essas descobertas indicam que minerais hidratados e material orgânico provavelmente estarão presentes na amostra que será coletada pela Osiris-Rex. Por conta disso, os cientistas também acreditam que Bennu pode ter abrigado vida em algum momento de sua história.

Pistas sobre o início do Sistema Solar

 


A equipe descobriu também que algumas regiões do asteroide foram expostas a intemperismo espacial, como bombardeio por raios cósmicos e vento solar, por mais tempo do que outras. Isso sugere que eventos de impacto expuseram materiais do asteroide em momentos diferentes.

A região da cratera Nightingale, por exemplo, onde a sonda vai coletar amostras da superfície, teria sido exposta ao ambiente espacial hostil apenas recentemente.

Por isso o material que será coletado lá deve dar uma visão mais clara sobre como eram as coisas no início do Sistema Solar, período estimado da formação do Bennu.

Além disso, outro estudo descobriu que existem dois tipos de rochas no asteroide: umas mais fortes e menos porosas; e outras mais fracas e mais porosas. As mais fortes são aquelas que têm "veios de carbonato", sugerindo que a interação com a água pode, em última análise, produzir rochas mais fortes à medida que o líquido penetra nos buracos.

Mas ambos os tipos de rochas são mais fracos do que o esperado. Suspeita-se que as rochas escuras do asteroide (o tipo mais fraco, mais poroso e mais comum) não sobreviveriam a uma jornada pela atmosfera da Terra. Os cientistas acham que as amostras coletadas pela sonda trarão respostas, já que este tipo de material não está atualmente representado nas coleções de meteoritos.

Espera-se também confirmar por que Bennu ejeta partículas no espaço e como elas estão sendo expulsas do asteroide. Mas estudos apontam que a maneira como essas partículas "voam" para cima e para baixo é uma ferramenta útil para observar o interior do corpo celeste.

Transmissão do pouso no asteroide Bennu

 

Quando: terça-feira, a partir de 18 horas (horário de Brasília)
Onde: redes sociais da Nasa
site da agência
canal no YouTube 

 

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