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Dono de bar em Santa Fé na Argentina proíbe a entrada de políticos em suas instalações

O dono fala que a decisão foi tomada por considerar que era necessário expor a indignação de todo o setor gastronômico após uma nova fase de restrições anunciadas
09:29 | Set. 16, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

O dono de um bar localizado em Santa Fé, na Argentina, proibiu a entrada de políticos em seu estabelecimento. A divulgação da decisão foi feita por Ignacio Preti em seu Instagram, depois que o governador Omar Perotti e o prefeito da capital Emilio Jatón anunciaram o encerramento das atividades comerciais a partir de sábado e por 14 dias. As informações são do jornal Clarin.

"Quando retomarmos nossa atividade gastronômica, qualquer político ou funcionário que tenha relação com eles, de qualquer partido, seja ele qual for, estará proibido de entrar. Não quero ver nenhum sentado nas minhas instalações", disse o dono do estabelecimento. O motivo que o fez tomar essa decisão é a nova restrição aos negócios na pandemia do coronavírus no país.

A partir de sábado e pelos próximos 14 dias, os estabelecimentos gastronômicos deverão estar encerrados e só poderão funcionar com entregas a domicílio até meia-noite e para entregas até as 22 horas.

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No post publicado na rede social, o dono do bar Bilbao ainda fala que a decisão foi tomada por considerar que era necessário expor a indignação de todo o setor após uma nova fase de restrições anunciadas. "As novas restrições que impõem aos gastrônomos podem acabar enterrando um setor que foi gravemente afetado pela quarentena", declarou o dono do bar.

O isolamento social preventivo e obrigatório decretado há cinco meses pelo governo de Alberto Fernández tornou-se a quarentena ininterrupta mais longa do mundo. Enquanto alguns países se preparam para uma segunda onda de Covid-19, a Argentina ainda não saiu da primeira. Atividades como encontrar amigos, ir a bares ou ir à praia estão proibidas desde 20 de março.

O problema é que, após tantos meses de quarentena contínua, boa parte dos argentinos deixou de obedecer às ordens do governo. E as ruas das grandes cidades voltaram a ficar lotadas.

Seja pela necessidade de trabalhar ou para se libertar do longo confinamento, hoje poucos habitantes continuam a cumprir o isolamento rígido ordenado pelo decreto presidencial.

Isso levou o presidente a afirmar no dia 14 de agosto que "a quarentena não existe mais" na prática, antes de anunciar a décima prorrogação oficial do "isolamento social, preventivo e obrigatório", que vai até 30 de agosto.

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