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Bielo-Rússia: Lukashenko rejeita possibilidade de realizar novas eleições

O presidente da Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko, afirmou neste domingo que rejeita qualquer possibilidade de repetir a votação para a presidência. A declaração foi dada durante uma manifestação de apoiadores do presidente, próxima à sede do governo, promovida em reação à onda de protestos da última semana questionando a regularidade das eleições.
Lukashenko, de 65 anos, acusou as potências ocidentais de interferirem na soberania do país, alegando que estariam reunindo unidades militares ao longo da fronteira ocidental da Bielo-Rússia. Também disse ter recebido sugestões de algumas nações ocidentais de que a Bielo-Rússia deveria repetir a votação presidencial, realizada em 9 de agosto. "Se seguirmos sua orientação (e repetirmos a eleição), morreremos como Estado", declarou Lukashenko.
Segundo autoridades eleitorais, Lukashenko conquistou seu sexto mandato com cerca de 80% dos votos. Manifestantes afirmam que a eleição foi uma farsa e que os resultados foram manipulados. Também se queixam da dura repressão policial durante os protestos, que resultou em uma pessoa morta e 7 mil detidas. O declínio da economia da Bielo-Rússia e a rejeição de Lukashenko à pandemia do coronavírus, considerada por ele uma "psicose", são outros fatores que potencializaram os protestos, entre os maiores já vistos no país.
Ontem, Lukashenko disse que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou em apoiar a segurança no país diante dos sucessivos protestos, sem especificar de que maneira. Lukashenko comentou que "quando se trata do componente militar, temos um acordo com a Federação Russa", referindo-se a um acordo de apoio mútuo que as duas ex-repúblicas soviéticas assinaram na década de 1990. "Estes são os momentos que se enquadram no acordo", acrescentou.
Neste domingo, a Organização de Segurança do Tratado Coletivo, aliança militar de seis ex-nações soviéticas, incluindo a Bielo-Rússia, informou que tomaria uma decisão sobre o fornecimento de assistência caso a Bielo-Rússia solicitasse. Fonte: Associated Press.

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