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Trump admite cogitar proibir voos brasileiros para os Estados Unidos

"Eles (os brasileiros) estão tendo problemas. Estamos preocupados com tudo. Não desejamos que pessoas venham aqui e infectem outras pessoas. Não quero pessoas doentes lá também", afirmou o presidente norte-americano
23:22 | Mai. 19, 2020
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Em reunião de gabinete aberta à imprensa, o presidente americano Donald Trump se solidarizou com alastramento da Covid-19 pelo Brasil, mas afirmou que a restrição total de voos vindos do Brasil para os Estados Unidos, em especial para a Flórida — destino preferido dos brasileiros — não está descartada. 

Questionado sobre a ascensão do Brasil no ranking de pessoas contaminadas, Trump afirmou que "sim, estamos considerando (a restrição de voos originários do Brasil). Eles (os brasileiros) estão tendo problemas. Estamos preocupados com tudo. Não desejamos que pessoas venham aqui e infectem outras pessoas. Não quero pessoas doentes lá também. O Brasil está tendo problemas, sem dúvida", afirmou o presidente.

Donald Trump afirmou ainda que há uma correlação entre o rápido aumento no número de casos nos Estados Unidos e a testagem massiva da população. "Se estivéssemos fazendo um milhão de testes, ao invés de 14 milhões que fizemos, teríamos um número muito menor. Eu acho que há um certo mérito nisso, temos um número alto porque é resultado do trabalho e eficiência dos vários profissionais envolvidos", argumentou.

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Hidroxicloroquina

Questionado sobre a eficácia médico-científica da hidroxicloroquina em pacientes infectados pelo novo coronavírus, o presidente dos Estados Unidos — que revelou publicamente que tem tomado o medicamento preventivamente há cerca de duas semanas — foi enfático: "Os números são incríveis. Houve um estudo falso feito com pessoas muito doentes, pessoas que estavam prontas para morrer. Todos eram velhos e com problemas diversos, como diabetes e problemas cardíacos. Ótimos estudos vieram da Itália, França, Espanha e também daqui", informou.

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"É uma droga muito barata, custa quase centavos. Ela é aprovada há cerca de 70 anos, e aparentemente é bem segura, em especial para a linha de frente (no combate ao novo coronavírus)", disse, sobre o medicamento de eficácia questionada no meio médico.

Sobre o uso da substância em estágios iniciais da doença — diferentemente do protocolo brasileiro atual, que indica a combinação de hidroxicloroquina com azitromicina e zinco apenas para pacientes em estado grave —, Trump falou: "Vocês deveriam olhar alguns dos estudos (sobre hidroxicloroquina no combate à covid-19 em estágios iniciais da doença). Eles são incríveis. De qualquer maneira, a decisão (de tomar o medicamento) cabe às pessoas", concluiu.

Apesar do protocolo diferenciado para a suposta "droga milagrosa", os Estados Unidos lideram, com enorme margem, as estatísticas de confirmações e mortes por coronavírus. De acordo com a universidade Johns Hopkins, são 1.527.985 casos, além de 91.878 mortes.

A Agência Brasil contatou o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil mas ainda não recebeu resposta. 

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