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Nova chanceler boliviana afirma que país não quer voltar ao passado

12:02 | Nov. 14, 2019
Autor Agência Brasil
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Tipo Notícia

A professora e diplomata de carreira Karen Longaric foi recém-empossada como ministra das Relações Exteriores da Bolívia pela autoproclamada presidente do país, Jeanine Áñez. Longaric afirmou que a Bolívia assumirá um papel "sem falso protagonismo nem posturas histriônicas", descartando a adoção de medidas consideradas histéricas e exageradas. "Não é um governo que quer voltar ao passado", afirmou.

Com a renúncia de Evo Morales e a posse autoproclamada de Jeanine Áñez como presidente do país, estabeleceu-se um governo de transição no país. Apesar de não haver consenso sobre a constitucionalidade da posse de Áñez, ela assumiu o posto máximo do governo e montou um gabinete com 11 novos ministros, além de nomear novos chefes para as Forças Armadas e prometer eleições em breve.

A nova chanceler do país disse que espera a renúncia de embaixadores que não são diplomatas de carreira, mas que ocupam o cargo por indicações políticas da administração de Evo Morales. Longaric afirmou que estes postos serão ocupados pelos "melhores da carreira".

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“Vamos mudar todos os embaixadores que estão por designação política. Eu estimo que eles renunciarão imediatamente. Aquelas pessoas que não são de carreira e entraram no Serviço de Relações Exteriores por honorários políticos, renovaremos, tentando colocar as melhores pessoas, as pessoas mais eficientes, as que podem contribuir com o país”, afirmou.

No entanto, pelo menos dois embaixadores já se manifestaram contra a declaração da nova chanceler. Sacha Llorenti, embaixador da Bolívia na Organização das Nações Unidas (ONU), e Ariana Campero, ex-ministra da Saúde e embaixadora em Cuba, afirmaram que não vão renunciar.

"Fui nomeado embaixador da Bolívia nas Nações Unidas pelo presidente constitucional Evo Morales e ratificado por dois terços do Senado do meu país. Não renunciei nem renunciarei", escreveu Llorenti no twitter.

"Não vou renunciar, fui nomeada pelo Presidente Constitucional do Estado Plurinacional da Bolívia e pela Assembleia Legislativa Plurinacional eleita pelo povo. Os inconstitucionais são Jeanine Áñez e seu gabinete ilegal", disse Campero, também no twitter.

Política Exterior

A nova chanceler disse ainda que buscará reconstruir a política exterior e as relações "desgastadas" da Bolívia com outros países.

"O diálogo implica que vamos fortalecer as relações com os países vizinhos e, obviamente que envolve o Chile. É importante conversar com o Chile, temos muitas questões que nos vinculam na agenda bilateral e assim será", disse .

A ministra sinalizou positivamente também ao ser questionada sobre uma possível aproximação política com os Estados Unidos. "É claro que fortaleceremos nossas relações com os Estados Unidos, com a União Europeia e com todos os países em geral", disse.  

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