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Espiã russa é solta nos Estados Unidos

00:05 | Out. 27, 2019
Autor DW
Tipo Notícia
Condenada por conspiração contra os EUA, Maria Butina, que se apresentava como ativista pró-armas em Washington, deixa prisão após cumprir pena e será deportada para a Rússia.A cidadã russa Maria Butina que foi condenada nos Estados Unidos por ser uma espiã a serviço do Kremlin deixou a prisão americana nesta sexta-feira (25/10), após cumprir a pena de 18 meses de detenção. Butina deveria deixar a prisão apenas no início de novembro, mas uma mudança na legislação adiantou sua libertação devido a bom comportamento. Após deixar a penitenciária em Tallahassee, na Flórida, ela foi colocado sob custódia das autoridades federais de imigração e deverá ser deportada para a Rússia. Em dezembro do ano passado, Butina, de 31 anos, se declarou culpada pelo crime de conspiração contra os EUA e aceitou cooperar com a justiça. Ela admitiu que "procurou estabelecer linhas de comunicação não oficiais com os americanos que tem poder e influência sobre a política dos EUA". Butina violou a legislação americana por não ter devidamente registrado que estava nos EUA trabalhando a favor de outro país, algo é permitido se houver esse registro. Segundo a promotoria, a espiã russa montou uma rede de contatos nos EUA para influenciar ativistas pró-armas e figuras conservadoras com o objetivo de beneficiar o Kremlin. A operação começou em março de 2015 e terminou em julho de 2018, quando ela foi detida. A promotoria argumentou que Butina não se envolveu em "espionagem tradicional", mas trabalhou nos bastidores para fazer incursões em círculos políticos conservadores e promover a amizade entre a Rússia e os EUA. Ela organizou jantares em Washington e Nova York e participou de eventos para conhecer políticos importantes. A cidadã russa iniciou sua missão em território russo, mas em agosto de 2016 se mudou para Washington com um visto de estudante, supostamente solicitado como parte do plano da Rússia, momento no qual as autoridades dos EUA começaram a seguir sua pista. Antes e depois de entrar em território americano, Butina, que supostamente trabalhava para um funcionário de alto escalão russo, criou uma rede de contatos influentes na política dos EUA que lhe ajudaram a se aproximar do mais influente lobby de armas do país, a Associação Nacional do Rifle (NRA, em inglês), onde se apresentou como uma ativista russa em defesa do direito do porte de armas. A russa foi presa em julho de 2018. No julgamento, Butina negou ser espiã e disse que sempre agiu abertamente. Seus advogados alegaram que ela era apenas uma estudante interessada em política americana e em melhorar as relações entre Moscou e Washington. "Eu amo os dois países e estava construindo a paz", disse Butina, em uma entrevista à emissora americana NPR, em maio. Ela também afirmou que não esperava receber uma punição tão pesada e contou não ter medo de voltar à Rússia, ressaltando que não era espiã e, por isso, não tem informações secretas. "Não tenho preocupações sobre minha segurança", destacou. Na época da condenação, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou o caso como uma "afronta" e negou que ela estivesse seguindo ordens de serviços de inteligência russos. O Ministério do Exterior russo acusou os Estados Unidos de forçar Butina a fazer uma confissão falsa. CN/rtr/afp/ap ______________ A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | App | Instagram | Newsletter

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