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Tubarão pré-histórico ataca submarino durante expedição de pesquisadores nas Bahamas

A espécie Hexanchus griuseus é considerada anterior, por exemplo, aos pterodátilos e ao Tiranossauro Rex
14:13 | Set. 26, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Uma equipe da expedição marinha Ocean X flagrou, no fim de junho, na ilha de Eleuthera, nas Bahamas, um exemplar do tubarão-albafar, conhecido como tubarão pré-histórico por pertencer a uma espécie anterior aos dinossauros. Durante a filmagem, o animal atacou o submarino, que não sofreu maiores avarias e pôde concluir a missão de etiquetar o bicho para monitoramento.

O grupo, composto por pesquisadores do Instituto do Cabo Eleuthera e da Universidade Estadual e do Museu de História Natural da Flórida, buscava um meio de marcar o tubarão com um rastreador no fundo do mar. Ao encontrar um exemplar fêmea, os membros da equipe passaram a filmar a aparição. O animal percebe o equipamento estranho, aproxima-se levantando uma nuvem de poeira e ataca o veículo, conseguindo arrancar uma pequena câmera.

Após a investida, o tubarão-albafar se afasta e a areia fecha a visão do submarino. Até que o bicho volta e se lança contra o vidro do equipamento. Ele parece inspecionar todos os lados do objeto. Após o breve enfrentamento, o animal se afasta.

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No ciclo natural de vida, o albafar não chega a ter contato com luz do sol, vive a mais de mil pés de profundidade e raramente se aproxima de uma altura em que as águas estejam quentes. Tem seis brânquias, diferentes dos outros tubarões, que têm cinco.

A espécie Hexanchus griuseus é considerada anterior, por exemplo, aos pterodátilos e ao Tiranossauro Rex. Esses tubarões podem alcançar oito metros de comprimento quando adultos e as fêmeas costumam ser maiores que os machos. Elas têm entre 40 e 110 filhotes por gestação, mas não se sabe sobre o processo reprodutivo: quanto tempo leva, em que época cruzam, onde. Em entrevista à revista National Geographic, quando perguntado o que se sabe sobre o tubarão-albafar, o oceanógrafo Simon Thorrold respondeu: “Vai ser muito mais rápido se eu disser o que nós sabemos: quase nada”.

O procedimento adotado pela equipe da OceanX era baseado em disparar o marcador no animal, de modo a acompanhar a espécie através de equipamentos via satélite. A operação, realizada a 1.700 pés, foi considerada um sucesso e um marco histórico por ser o primeiro caso de demarcação de um animal marinho direto em região profunda.

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