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Polícia da Turquia faz operação em empresa de mídia ligada a crítico do governo

09:35 | 28/10/2015
A polícia em Istambul realizou uma operação de busca na sede de uma companhia de mídia ligada a um crítico do governo da Turquia. Um promotor determinou que a Koza-Ipek Holding seja colocada sob o comando de um administrador, enquanto são investigados seus laços com um movimento liderado por Fethullah Gulen, um clérigo islâmico moderado, que vive nos EUA. O governo acusa esse movimento de desestabilizar o Estado turco e promotores o qualificam como terrorista.

A ação faz parte de uma investida contra os seguidores de Gulen, que começou em dezembro de 2013, quando promotores lançaram uma investigação por corrupção contra ministros e pessoas próximas ao presidente Recep Tayyip Erdogan. Erdogan argumenta que essa investigação era parte de uma tentativa de golpe.

Centenas de policiais e funcionários do Judiciário suspeitos de laços com o movimento perderam seus empregos. Em maio, o regulador bancário turco interveio em um banco associado ao movimento.

Os críticos do governo afirmam que a ação oficial busca calar vozes da oposição, antes da eleição de 1º de novembro no país. A Koza-Ipek é proprietária de duas emissoras de TV da oposição, a Bugun TV e a Kanal Turk, e dos jornais Bugun e Millet, entre outros negócios. A imprensa mais crítica tem sofrido pressão no país, o que levou entidades internacionais a pedirem mais liberdade de imprensa na Turquia. No mês passado, a sede do jornal turco Hurriyet foi alvo de um ataque de vândalos, após críticas de Erdogan contra o periódico. Fonte: Associated Press.

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