Polícia da Turquia faz operação em empresa de mídia ligada a crítico do governo
A ação faz parte de uma investida contra os seguidores de Gulen, que começou em dezembro de 2013, quando promotores lançaram uma investigação por corrupção contra ministros e pessoas próximas ao presidente Recep Tayyip Erdogan. Erdogan argumenta que essa investigação era parte de uma tentativa de golpe.
Centenas de policiais e funcionários do Judiciário suspeitos de laços com o movimento perderam seus empregos. Em maio, o regulador bancário turco interveio em um banco associado ao movimento.
Os críticos do governo afirmam que a ação oficial busca calar vozes da oposição, antes da eleição de 1º de novembro no país. A Koza-Ipek é proprietária de duas emissoras de TV da oposição, a Bugun TV e a Kanal Turk, e dos jornais Bugun e Millet, entre outros negócios. A imprensa mais crítica tem sofrido pressão no país, o que levou entidades internacionais a pedirem mais liberdade de imprensa na Turquia. No mês passado, a sede do jornal turco Hurriyet foi alvo de um ataque de vândalos, após críticas de Erdogan contra o periódico. Fonte: Associated Press.