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Mãe de menino refugiado morto quer enterrar filho em Berlim

12:10 | 31/10/2015
Em entrevista à DW, Aldijana J. diz temer pela vida de irmã do garoto. Homem de 32 anos confessou ter abusado sexualmente e estrangulado criança bósnia, de 4 anos, que estava desaparecida há quase um mês. Aldijana J. quer que seu filho de quatro anos seja enterrado na Alemanha e não em Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, de onde vem a família. Ela informou isso durante entrevista à redação bósnia da DW. Mohamed desapareceu no dia 1º de outubro na Agência de Saúde e Assuntos Sociais (Lageso, na sigla em alemão), em Berlim, onde são registrados os requerimentos de asilo na cidade. Imagens das câmeras de segurança mostram o menino saindo do local de mãos dadas com um homem. O registro ajudou a polícia a identificar o suspeito e a divulgar retratos dele. Ainda nesta quinta-feira (29/10), Silvio S., de 32 anos, foi preso na casa da família dele, em Niedergörsdorf, em Brandemburgo, nos arredores de Berlim, após ser denunciado pela mãe. Nos interrogatórios, Silvio S. confessou ter matado Mohammed. Ele afirmou que esteve no local para doar roupas e bichos de pelúcia para os refugiados, que viu o menino no meio da multidão e lhe ofereceu um bicho de pelúcia. Depois, Silvio S. levou o garoto para seu carro. Em entrevista à DW, a mãe de Mohamed, Aldijana J., de 28 anos, lembrou do dia em que eu filho foi sequestrado. "Eu queria pegar apenas meu dinheiro de ajuda social. Havia muitas pessoas lá e aí Mohamed simplesmente desapareceu. Primeiro, eu o procurei sozinha durante duas horas e, depois, informei a polícia sobre o desaparecimento. Eles me prometeram encontrá-lo. Mas ele foi assassinado." Ela contou que chegou há cerca de três anos na Alemanha, que o marido dela ficou em Sarajevo e que ela não tem mais contato com ele. "Eu vim a Berlim com Mohamed e a irmã mais velha dele, e pedi asilo aqui. Agora eu tenho um outro filho, de seis meses, de um relacionamento com um romeno." Aldijana espera agora que ela e seus dois filhos possam permanecer na Alemanha. "Eu quero estar perto do túmulo dele e poder visitá-lo. Agora, eles têm nos conceder asilo." Ela conta, orgulhosa, que sua filha está matriculada numa escola em Berlim. "Ela ficou totalmente arrasada quando ela soube que o irmão foi assassinado. Eu agora não quero deixá-la ir para a escola. Não quero que algo aconteça com ela." Autor: Benjamin Pargan (md)
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