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Vencedores do Nobel da Paz pedem a Obama a promoção do tratado de comércio de armas

Os ganhadores se declararam a favor de um "tratado rigoroso e completo" baseado na defesa dos direitos humanos e do direito internacional

08:00 | 15/03/2013
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Em uma carta aberta publicada na última quinta-feira, 14, 18 vencedores do prêmio Nobel da Paz pediram ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para fazer avançar as negociações sobre um tratado para regulamentar o comércio de armas.

Na nota, divulgada pela Anistia Internacional (AI)- Ong signatária - os ganhadores se declararam a favor de um "tratado rigoroso e completo" baseado na defesa dos direitos humanos e do direito internacional.

Lamentando "a morte de milhares de pessoas em todo o mundo a cada ano" pelo uso de armas, afirmam que "a ausência de regras internacionais eficazes, que exijam juridicamente a regulamentação do comércio de armas representa um fracasso colossal para a comunidade internacional".

Os signatários pedem a Obama, vencedor do prêmio em 2009, "para se envolver para que os Estados Unidos contribuam para o sucesso" das novas negociações sobre o tratado que começarão na segunda-feira na ONU.

"Os Estados Unidos e os outros estados fornecedores de armas têm a obrigação moral de alcançar um tratado para proteger os direitos humanos (...) e este também serviria a seus interesses de segurança nacional", destacam.

Entre os signatários estão, além da AI (premiada em 1977), Jimmy Carter (EUA, 2002), Desmond Tutu (África do Sul, 1984), Shirin Ebadi (Irã, 2003), Oscar Arias (Costa Rica, 1987) e Adolfo Perez Esquivel (Argentina, 1980).

O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos países membros da organização que cheguem a um acordo sobre as negociações.

"Estou certo de que os países membros vão superar suas divergências e reunir a vontade política necessária para se entenderem sobre este tratado histórico", declarou em um comunicado.

"Reafirmo meu apoio a um tratado (...) que regulamente as transferências internacionais tanto para as armas como para as munições e defina critérios comuns para os países exportadores", destacou.

"O tratado contribuirá para aliviar o sofrimento de milhões de pessoas afetadas pelos conflitos e ajudará as Nações Unidas a cumprir melhor seu papel de promoção da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos no mundo", acrescentou.

Os 193 países membros da ONU têm 10 dias para encontrar os meios de regulamentar este mercado, que representa mais de 70 bilhões de dólares por ano.

AFP

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