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Nova liderança na China promete reformas e austeridade econômica

15:01 | 17/03/2013
No encerramento da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, novos líderes chineses defendem bem-estar social e realização do "sonho chinês". Novo primeiro-ministro anuncia mudanças econômicas e administrativas. No encerramento da sessão anual da Assembleia Popular Nacional da China, neste domingo (17/03), o novo chefe de Estado e líder do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping (foto principal do artigo), apelou aos conterrâneos para que realizem o "sonho chinês" de uma nação forte e próspera. Diante dos delegados, ele defendeu um "socialismo com características chinesas" e disse que iria "trabalhar duro" para corresponder às expectativas da população. Por sua vez, após o encerramento da sessão anual, o novo primeiro-ministro, Li Keqiang, prometeu reformas e crescimento sustentável. Desde que foi escolhido para o cargo, na última sexta-feira, essa foi sua primeira aparição perante a imprensa. Ele anunciou sua intenção de diminuir o abismo entre pobres e ricos e também de aumentar a renda da população. A rede de segurança social deve ser ampliada, disse Li. Na última sexta-feira, o novo primeiro-ministro chinês de 57 anos, Li Keqiang, que até então exercia o cargo de vice-primeiro-ministro, foi eleito novo chefe de governo chinês pelos cerca de 3 mil delegados que participaram da Assembleia Popular Nacional. Ele sucede Wen Jiabao, que não pôde mais se candidatar após dois períodos legislativos. O nome de Xi Jinping, por sua vez, já havia sido confirmado na última quinta-feira como sucessor de Hu Jintao à frente da presidência chinesa. Enquanto Xi Jinping é responsável pela política chinesa como a principal liderança do país, a chefia do gabinete e a implementação da política e do curso econômico fica a cargo de Li Keqiang. Presidente Xi quer "sonho chinês" No contexto da recente disputa sobre a posse de ilhas com o Japão, Xi Jinping declarou perante os delegados que as "forças armadas" devem "defender vigorosamente" a soberania do país. Todos os oficiais e soldados do Exército Popular e da polícia militar chinesa devem ser capazes de vencer batalhas, disse Xi. Assim, o Congresso Nacional do Povo aprovou um aumento significativo dos gastos militares em 10,7%. Desta forma, em relação ao ano passado, o déficit orçamentário chinês aumentará em 400 bilhões para 1,2 bilhão de yuans (cerca de 147 bilhões de euros), já que a segunda maior economia do planeta cresceu em 2012 somente 7,8% o menor crescimento dos últimos 13 anos. O orçamento foi aprovado pelos 3 mil delegados, com 509 votos contra e 127 abstenções. Observadores interpretam esse resultado como um sinal de descontentamento entre os delegados, que não são escolhidos livremente e que nunca recusaram nenhuma proposta em votação. Li Keqiang quer combater a pobreza Para atingir a meta de dobrar o rendimento econômico e os salários entre 2010 e 2020, a China deve manter um crescimento anual de 7,5%. "Isso não será fácil, mas temos condições favoráveis e uma enorme demanda interna", disse Li. O novo primeiro-ministro afirmou que a China deve reformar sua economia e acelerar a urbanização. Li prometeu agir "com pulso forte" para enfrentar problemas nas áreas do meio ambiente e na segurança alimentar. A corrupção também deve ser combatida, acrescentou. Li Keqiang ordenou um rigoroso programa de austeridade econômica às agências governamentais. Assim, não devem ser construídos novos edifícios de escritórios e hotéis do governo, e os gastos com compra de carros novos, recepções e viagens ao exterior deverão ser reduzidos. CA/rtr/afp/ap Revisão: Mariana Santos

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