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Netanyahu assina acordo de governo com centristas

"O primeiro-ministro saúda os acordos de coalizão assinados pela aliança Likud-Israel Beiteinu com Yesh Atid e o Lar Judeu", informou Netanyahu

15:22 | 15/03/2013

JERUSALEM, 15 Mar 2013 (AFP) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira, 15, a assinatura de um acordo de coalizão com o partido centrista Yesh Atid e o movimento nacionalista religioso Lar Judeu, ligado ao colonos, o que permite formar um novo governo que deverá ser apresentado neste sábado.

"O primeiro-ministro saúda os acordos de coalizão assinados pela aliança Likud-Israel Beiteinu com Yesh Atid e o Lar Judeu", informou Netanyahu em um comunicado.

Os sócios da coalizão têm até sábado à tarde para apresentar seu pacto ao presidente israelense, Shimon Peres.

Peres havia encarregado no dia 2 de fevereiro Netanyahu - como chefe da formação que obteve o maior número de deputados (Likud-Beitenu, 31 cadeiras, num total de 120) - a tarefa de formar o próximo governo.

Likud-Beitenu é a coalizão entre o Likud conservador de Netanyahu e o Yisrael Beitenu (nacionalista laico), de Avigdor Lieberman. Netanyahu saiu muito enfraquecido dessas duras negociações que duraram 40 dias.

Nenhum encontro foi organizado ainda entre os signatários do acordo devido, segundo a imprensa, às tensões surgidas nos últimos dias entre os sócios da nova coalizão, o que anuncia um executivo bem complicado.

Segundo o acordo, o Likud (20 cadeiras) ficará com as pastas-chave da Defesa e do Interior.

Netanyahu assumirá temporariamente as Relações Exteriores à espera do fim de um processo contra o titular da pasta, Avigdor Lieberman, seu aliado eleitoral e líder do Yisrael Beitenu (11).

O centrista Yesh Atid, com 19 cadeiras, obteve os ministérios das Finanças e Educação, e o Lar Judeu (12) os do Comércio e Indústria, assim como Habitação, que supervisiona as construções nas colônias.

A ex-ministra das Relações Exteriores Tsipi Livni, cujo novo partido centrista Hatnuá (6 cadeira) foi o primeiro a assinar o acordo, será ministra da Justiça, encarregada das negociações de paz com os palestinos.

A nova maioria governamental contará com 68 deputados, em um total de 120.
Os analistas preveem um terceiro mandato difícil para Netanyahu, que terá de lidar com uma "coalizão dos pesadelos", segundo a manchete do jornal Haaretz, depois de ele ter renunciado a sua aliança com os ultraortodoxos do Shas (11 deputados) e o Judaísmo Unido da Torá (ultraortodoxo asquenazi, 7 cadeiras) e de ter-se visto obrigado de se unir, em compensação, a sócios muito mais complicados.

O novo gabinete deve prestar juramento perante o Parlamento na segunda-feira, 48 horas antes da chegada a Israel do presidente Barack Obama.

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