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Conheça os 10 cardeais com mais chances de serem o novo papa

Entre os principais, está o brasileiro Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo

09:00 | 13/03/2013
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Autalização: Argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo papa

 

Quem será o sucessor de Bento XVI? Dez nomes têm circulado no Vaticano e alimentado apostas. Conheça quem são eles:

América Latina
ODILO SCHERER - Brasileiro, 63 anos, de origem alemã, arcebispo de São Paulo, a maior diocese da América Latina e com o maior número de católicos no mundo: seis milhões. Poliglota, afável e com carisma. Especialmente sensível aos problemas sociais e ao mesmo tempo muito conservador em matéria dogmática. Cardeal desde 2007, conhece muito bem a Cúria Romana, onde desempenhou diferentes funções. Foi membro da Congregação para o Clero, do Conselho Pontifício para a Família e a Nova Evangelização e membro da comissão de vigilância do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano, tendo sido criticado por sua gestão pouco transparente.

> Dom Odilo Scherer é um dos favoritos para suceder Bento XVI

JOSÉ FRANCISCO ROBLES - Mexicano, 64 anos, com longa experiência pastoral em seu país, foi nomeado cardeal em novembro do ano passado. Natural do segundo país do mundo em número de fiéis católicos, atrás do Brasil. Luta pela paz em meio à violência do narcotráfico. É conhecido por seus dotes diplomáticos.

> Cardeal José Francisco Robles, papabile mexicano que luta pela paz

Europa
ANGELO SCOLA - Arcebispo de Milão, 72 anos. Teólogo renomado. De personalidade séria e enérgica. Grande promotor do diálogo com os países muçulmanos através da revista Oasis. Com grande experiência pastoral, foi patriarca de Veneza, por onde passaram cinco Papas italianos, entre eles João XXIII. Considerado o discípulo mais famoso de Joseph Ratzinger (Bento XVI), pertenceu ao influente e controverso movimento italiano de centro-direita Comunhão e Libertação, do qual se afastou nos últimos anos.

> Angelo Scola: favorito das casas de apostas para ser o novo Papa

PETER ERDÖ - Húngaro, 60 anos, arcebispo de Esztergom-Budapeste e primado da Hungria, foi durante muito tempo o cardeal mais jovem da Europa. Recebeu o título de cardeal em 2003 e desde 2006 preside a Conferência Episcopal Europeia. É muito ativo na chamada nova evangelização, que luta contra a secularização em defesa do diálogo interreligioso, particularmente com o judaísmo.

> Péter Erdö, um 'papabile jovem' em luta contra secularização

CHRISTOPH SCH'NBORN - Austríaco, 68 anos. Arcebispo de Viena. Pertence à Ordem dos Pregadores (Dominicanos). Foi aluno do então professor de teologia Joseph Ratzinger em Ratisbona (Alemanha). Em 2010 surpreendeu ao solicitar "a abertura do debate" sobre o celibato dos padres. Especialista em gestão de conflitos, dispõe de elegância e simpatia inatas. Este "príncipe da Igreja" pertence a uma família aristocrática.

> Christoph Sch'nborn, um 'papabile' fiel a Bento XVI

Ásia
LUIS ANTONIO TAGLE - Filipino, arcebispo de Manila, de 55 anos. Um dos mais jovens do Colégio Cardinalício. Admirado por Bento XVI, é muito popular em seu país, o mais católico da Ásia, um continente dominado pelo hinduísmo, pelo islamismo e pelo budismo, mas onde o catolicismo está em alta. É considerado um progressista moderado, capaz de manter o equilíbrio com as doutrinas conservadoras. Além de estar distante dos centros de poder, sua juventude e sua recente indicação como cardeal (em novembro passado) podem ser um obstáculo para sua eleição ao trono de Pedro.

> O filipino Tagle, um 'papabile' jovem que pede humildade à Igreja

América do Norte
MARC OUELLET - Canadense, ex-arcebispo de Québec, de 68 anos, apontado como "o cardeal de ferro" por seu rigor à frente de uma das dioceses mais laicas de seu país. Preside a Pontifícia Comissão para a América Latina, é admirado pelos países do hemisfério sul, sobretudo pelos latino-americanos, já que trabalhou durante onze anos na Colômbia. Poliglota, erudito, é o prefeito da Congregação para os Bispos e influi nas nomeações dos bispos em todo o mundo.

> Marc Ouellet, cardeal de ferro e grande conhecedor da América Latina

TIMOTHY DOLAN - Americano, arcebispo de Nova York, de 63 anos, conhecido por seus talentos midiáticos, por sua franqueza e ironia. É considerado um "conservador criativo". Representa o poder da igreja americana. Moderno nas formas, mas tradicional na prática, não está disposto a negociar os valores tradicionais, mas deseja debater os assuntos com o mundo não crente e nos meios de comunicação. Sensível e ao mesmo tempo firme. Lidou com transparência com os escândalos de abusos sexuais que sacudiram a Igreja dos Estados Unidos.

África
PETER TURKSON - Ganês, de 64 anos, presidente do Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz. Considerado progressista, mas polêmico por suas recentes críticas aos muçulmanos. Possui uma sólida formação teológica e fala, além do fante, seu idioma materno, inglês, francês, italiano, alemão e hebraico fluentemente, além de ter amplos conhecimentos de latim e grego. É considerado um bom diplomata. Participou na tentativa de solução da crise política de 2010-2011 na Costa do Marfim e interveio para evitar a violência em seu próprio país após acirradas eleições.

> O ganês Peter Turkson, artífice da paz e papábile polêmico

WILFRID NAPIER - Sul-africano, de 73 anos, defensor dos dogmas e adepto das redes sociais. Arcebispo de Durban desde 1992 e cardeal desde 2001. Quando jovem estudou na Irlanda, onde se graduou em Latim e Língua Inglesa. Pertence à ordem franciscana. Alinhou-se as diretrizes vaticanas sobre o uso de anticonceptivos e de luta contra a Aids. Argumentou que a distribuição gratuita de preservativos não era efetiva para conter a epidemia e propôs campanhas a favor da abstinência sexual.

> Cardeal sul-africano Wilfrid Napier, adepto do dogma e das redes sociais

AFP

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