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Presidente armênio Serge Sarkisian é reeleito

Seu principal rival, o ex-ministro de Relações Exteriores Raffi Hovannisian, ficou em segundo com 36,75% dos votos

07:50 | 19/02/2013
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O presidente armênio Serge Sarkisian foi reeleito na última segunda-feira, 19, com 58,64 % dos votos, de acordo com os resultados oficiais completos divulgados pela comissão eleitoral central.

Seu principal rival, o ex-ministro de Relações Exteriores Raffi Hovannisian, ficou em segundo com 36,75% dos votos após a apuração de todos os colégios eleitorais.

Mais cedo, Hovannisian tinha se recusado a reconhecer os resultados preliminares e tinha se apresentado como o verdadeiro vencedor das eleições.
No entanto, Eduard Sharmazanov, porta-voz do Partido Republicano, de Sarkisian, tinha rebatido as críticas ao declarar que o presidente em fim de mandato "era o único favorito" e considerou a votação "a melhor na história da Armênia independente", repudiando acusações de fraude.
A polícia local também rejeitou as acusações de Hovannisian ao chamá-las de "ficção".

O candidato de oposição tinha declarado que "Sarkisian deve ser o primeiro presidente da Armênia a reconhecer a vitória do povo".
Seu porta-voz, Hovser Hurchudian, denunciou pouco antes a realização de eleições "vergonhosas, marcadas por uma quantidade enorme de fraudes" e convocou protestos para a tarde desta terça-feira.

"Recebemos por volta das 18h00 centenas de mensagens dando parte de violações maciças do código eleitoral, como votos múltiplos, intimidação e compra de votos", segundo um comunicado difundido pela equipe de campanha de Hovannisian.

Bagratian denunciou também "infrações maciças" e não descartou "ações de protesto".

Contraponto

A polícia armênia rejeitou as acusações, qualificando-as de "invenções evidentes".
As eleições foram acompanhadas por mais de 600 observadores internacionais. Os da Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa (OSCE) darão seu balanço na terça-feira.

Três das principais forças de oposição, que têm 48 das 131 cadeiras do Parlamento, se negaram a participar das eleições.
As autoridades confiam na prevalência da calma para melhorar as perspectivas de integração europeia deste pequeno país encravado no Cáucaso sul, habitado por 3 milhões de pessoas e carente de hidrocarbonetos, ao contrário de seus vizinhos.

Em 2008, a vitória de Sarkisian na presidencial, contestada pela oposição, gerou protestos que degeneraram em confrontos com a polícia, nos quais morreram 10 pessoas.

AFP

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