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Bento XVI surpreendeu pela simplicidade, afirma cardeal brasileiro

O Papa anunciou na última segunda-feira, 11, a decisão de renunciar em 28 de fevereiro, alegando 'falta de forças'

09:29 | 14/02/2013
AFP
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O Papa Bento XVI surpreendeu por sua simplicidade e demonstrou que não é um homem de poder, afirmou em uma entrevista publicada nesta quinta-feira, 14, o cardeal brasileiro João Braz de Aviz, um dos nomes cotados para a sucessão.

"É um homem que entendeu a humanidade, que entendeu a Igreja", disse à agência especializada I.Media o atual prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

"É um homem que nos surpreendeu por sua simplicidade, não é um homem de poder", completou o cardeal brasileiro, que na quarta-feira compareceu à última missa de Bento XVI na Basílica de São Pedro.

O Papa anunciou na segunda-feira a decisão de renunciar em 28 de fevereiro, alegando "falta de forças". O conclave de cardeais escolherá o sucessor a partir de meados de março.

"As coisas nunca acontecem por casualidade na Igreja", disse Braz de Aviz à imprensa italiana, antes de recordar as "tensões" que existem entre várias personalidades religiosas dentro do Vaticano.

"Acredito que o Papa também levou em consideração a exposição pública da doença de João Paulo II (em 2005) e não quis seguir o mesmo caminho, pelo bem da Igreja", disse o cardeal brasileiro.

Braz de Aviz lamentou em várias ocasiões que os bispos dos países do Sul não estejam mais bem representados dentro da Igreja Católica.
"Na América Latina, na África e na Ásia há um sentimento religioso muito forte, enquanto as vocações na Europa caem de maneira preocupante", disse.
O cardeal não descartou a possibilidade de um latino-americano ser escolhido Papa.

"A possibilidade existe", declarou.
"Não posso dizer que sou candidato, posso dizer que sou um dos 116 candidatos", completou, a respeito do número de cardeais eleitores do conclave que designará o novo Papa.

Braz de Aviz foi nomeado bispo com apenas 46 anos e em janeiro de 2011 foi convocado ao Vaticano por Bento XVI.

AFP

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