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Rússia aprova lei que proíbe americanos de adotarem crianças russas

Nos últimos anos, os meios de comunicação russos divulgaram vários casos de maus tratos de crianças por seus pais adotivos nos Estados Unidos

10:17 | 21/12/2012

A Câmara Baixa do Parlamento russo (Duma) aprova nesta sexta-feira em terceira e última leitura uma lei que proíbe aos americanos adotar crianças russas e prevê a elaboração de uma "lista negra" dos estrangeiros indesejáveis na Rússia.

Aprovado pelos deputados com 420 votos a favor, 7 contra e uma abstenção, o texto é uma resposta à promulgação da lista "Magnitski" nos Estados Unidos, que sanciona autoridades russas que tenham violado os direitos humanos.

O texto, que ainda precisa ser aprovado pelo Conselho da Federação (câmara alta) e promulgado pelo presidente Vladimir Putin, leva o nome de Dima Iakovlev, um menino russo falecido nos Estados Unidos em 2008 depois que sua mãe adotiva americana o esqueceu em um carro em plena onda de calor.

Nos últimos anos, os meios de comunicação russos divulgaram vários casos de maus tratos de crianças por seus pais adotivos nos Estados Unidos.

A proposta de lei provocou muitas reações de reprovação na Rússia, inclusive entre ministros, como o da Educação, Dimitri Livanov, e o das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Mas o presidente Vladimir Putin a considera "apropriada" diante da adoção em Washington da "lista Magnitski", que classifica de "ato não amistoso".

O presidente americano, Barack Obama, promulgou na sexta-feira a "lei Magnitski", que proíbe a entrada nos Estados Unidos de autoridades russas envolvidas na morte na prisão em 2009 em Moscou do jurista russo Serguei Magnitski ou em outras violações dos direitos humanos. Também prevê confiscar seus bens.

Magnitski morreu em prisão preventiva, vítima de atos violentos e privado de atendimento médico. Havia sido detido um ano antes depois de ter denunciado um gigantesco escândalo financeiro projetado por membros do ministério do Interior russo.

AFP

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