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Síria acusa potências, Arábia e Turquia de terror

14:58 | 01/10/2012
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moallem, acusou nesta segunda-feira alguns dos integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), de apoiarem o terrorismo em seu país, em discurso dirigido claramente aos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, que apoiam os insurgentes sírios. Al-Moallem também afirmou que a Turquia, a Arábia Saudita, a Líbia e o Catar precisam parar de armar, financiar e dar apoio à oposição. O chanceler falou na 67ª Assembleia Geral da ONU e também fez uma alusão ao filme "A Inocência dos Muçulmanos" feito nos EUA e que levou a violentos protestos na Ásia e na África.

"O terrorismo, que é apoiado externamente, vem acompanhado por provocações sem precedentes feitas pela mídia e que inflamam o extremismo, que sabemos ser patrocinado por países bem conhecidos na região. Esses países facilitam o fluxo de armas, dinheiro e combatentes através das fronteiras de alguns países vizinhos" da Síria, disse al-Moallem.

O chanceler sírio pediu por uma solução política e pelo diálogo entre os sírios, para o estabelecimento de um plano que leve a uma Síria "mais pluralista e democrática". Ele convidou a oposição a trabalhar "junto ao governo para acabar com o derramamento de sangue dos sírios".

Radwan Ziadeh, porta-voz do Conselho Nacional Sírio, o maior grupo opositor, rechaçou o discurso de al-Moallem. "Ele pede por diálogo enquanto a Força Aérea Síria bombardeia civis em cada cidade. Ele é apenas um mentiroso que representa a propaganda do regime de Assad", disse.

Al-Moallem insiste que vários dos combatentes da oposição síria são estrangeiros e muitos são fanáticos islamitas que tentam derrubar Bashar Assad. Ele também acusou as grandes potências de interferirem sem nenhuma responsabilidade nos assuntos internos da Síria.

"Nós escutamos pedidos, aqui mesmo desta tribuna, pedidos feitos por pessoas que são ignorantes sobre os fatos que ocorrem na Síria, que pedem ao presidente Assad para renunciar", disse. "Isso é uma interferência descarada nos assuntos internos da Síria, na unidade e soberania do país", afirmou o chanceler.

As informações são da Associated Press.

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