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Refugiados sírios protestam contra enviado internacional

16:57 | 18/09/2012
O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, visitou nesta terça-feira campos de refugiados na Jordânia e na Turquia, mas foi recebido com hostilidade pelos refugiados na Jordânia, onde cerca de 200 pessoas no campo de Zataari reclamaram contra a visita que ele fez ao presidente sírio Bashar Assad no final da semana passada. Alguns jovens apedrejaram carros do comboio de Brahimi. "Deixe nosso campo. Ao ver Bashar Assad, você prolongou a vida dele", gritaram os manifestantes. Brahimi também visitou refugiados sírios na província turca de Hatay, onde também foi recebido com protestos, embora fora do campo.

Também nesta terça-feira, ocorreram confrontos entre tropas do governo e insurgentes sírios em Tall al-Abyad, posto na fronteira da Síria com a Turquia, reportou a agência de notícias turca Anatólia. Na cidade turca de Akcakale, a Prefeitura pediu aos cidadãos que ficassem longe dos terrenos perto da fronteira.

Sem sinais de arrefecimento na crise, ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas na Síria desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de refugiados superou 250 mil no Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. Apenas na Turquia estão 83 mil refugiados, abrigados em 12 campos ao longo da fronteira com a Síria.

Brahimi disse que os refugiados aparentemente são bem tratados na Turquia e que ele espera um fim próximo à violência na Síria. "Nós esperamos que a Síria encontre logo a paz e eles possam regressar para o país deles o mais cedo possível".

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia rechaçou hoje as acusações da Síria de que Ancara permite que extremistas islâmicos cruzem a fronteira. A Síria acusa o governo turco de permitir que milhares de extremistas islâmicos cruzem a fronteira e entrem no país para combater as tropas de Assad.

"Ao invés de fazer reclamações e acusações falsas contra vários países, como o nosso, a Síria deveria olhar para o que acontece dentro do seu território e tomar as medidas necessárias para corrigir os erros", disse Selçuk Unal, porta-voz da chancelaria turca.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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