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Presidente grego apela por consenso para formação de governo

10:18 | 12/05/2012
Sem acrodo entre as forças políticas no Parlamento grego, formação de governo fica bloqueada e Grécia poderá ter novas eleições em junho. Autoridades européias pressionam por cumprimento de acordos. O presidente da Grécia, Carolos Papoulias, convocou os três principais partidos do Parlamento para uma reunião neste domingo (13/05). O líder do socialista Pasok, Evangelos Venizelos, devolveu ao presidente o mandato para negociar a formação de um governo de coalizão. Venizelos foi o terceiro líder a tentar o consenso entre os partidos, o que viabilizaria a governabilidade do país. Caso os partidos não cheguem a um acordo, novas eleições terão que ser realizadas em junho próximo. O impasse político ameaça a permanência da Grécia na zona do euro. Os credores internacionais já alertaram que não vão liberar novos empréstimos enquanto não forem implementadas reformas estruturais profundas na economia grega. O ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle alertou que a Grécia precisa manter as condições para receber futuros recursos. "Se um novo governo romper de forma unilateral com o acordo, não haverá nova injeção de recursos europeus", disse Westerwelle ao jornal Die Welt. Sob pressão O cenário político grego é de confusão após o pleito do último domingo, que acabou com a supremacia dos dois partidos que dominavam a política do país nos últimos anos. Pasok e Nova Democracia garantiam a implementação de medidas econômicas austeras e a presença da Grécia na zona do euro. Venizelos havia recebido a incumbência de formar o novo governo, enquanto líder da terceira maior bancada parlamentar. Antes, o conservador Nova Democracia e a Coalizão de Esquerda Radical, respectivamente primeiro e segundo partidos mais votados nas eleições, haviam fracassado nas tentativas de formar uma nova aliança governamental. Após se encontrar com o líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, Venizelos chegou a afirmar que havia conseguido dar um "primeiro passo" rumo à formação de uma aliança. A Esquerda Democrática tem uma bancada reduzida (19 deputados), mas com membros suficientes para garantir uma maioria parlamentar necessária em uma aliança formada com socialistas e conservadores. Na última sexta-feira (11/05), entretanto, Kouvelis afirmou que só iria participar de um governo que incluísse também a Coalizão da Esquerda Radical, agremiação que é contra o programa de austeridade e reformas implementadas na Grécia. Risco para todos A agência de rating Fitch advertiu para os riscos de uma saída da Grécia da zona do euro. Caso isso acorra, diz a agência, todos os títulos públicos dos países europeus ficarão sob observação, inclusive os alemães. E países como a França, a Itália, a Espanha e a Bélgica poderão ser rebaixados pelas agências de rating. O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, procurou demonstrar, apesar de tudo, confiança. "A Europa não vai afundar tão rápido assim", declarou o ministro ao jornal Rheinische Post. MP/dpa/rtr/afp/dapd Revisão: Soraia Vilela

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