Justiça do Ceará suspende processo contra acusado de agredir empresário

Justiça do Ceará suspende processo contra acusado de agredir empresário

A vítima é proprietária de uma empresa de coquetéis e trabalhava no evento quando foi lesionada com um copo de vidro pelo cliente

O processo criminal que julga a agressão sofrida pelo barman e empresário Bruno Ruguê, registrada em junho de 2024 em Fortaleza, foi suspenso de forma temporária. A Justiça do Ceará deve analisar a sanidade mental do acusado Ticiano Alves de Carvalho.

A decisão pausa o processo até que seja constatado se o réu possui condições psiquiátricas de responder pelos seus atos.

A defesa do acusado entrou com o pedido de Incidente de Insanidade Mental, argumentando que Ticiano sofria de transtornos que lhe retiravam a capacidade de entendimento da realidade no momento do crime.

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Conforme O POVO apurou, o juiz responsável pelo caso acatou o pedido e determinou que o réu seja submetido a exames psiquiátricos na Perícia Forense do Ceará (Pefoce). 

O processo principal deixa de correr prazos. Se o laudo da Pefoce constatar que o acusado era imputável (tinha consciência), o processo é retomado e ele vai a julgamento.

Se for inimputável, após a perícia concluir que ele não tinha discernimento, ele não recebe uma pena de prisão comum, mas pode ser submetido a uma medida de segurança, como internação para tratamento psiquiátrico por tempo indeterminado.

Vítima trabalhava quando foi atacada com um copo de vidro 

O crime aconteceu na noite de 7 de junho de 2024, durante uma festa privada em um condomínio no bairro Parque Iracema, em Fortaleza. Bruno Ruguê, atuava como barman e foi atacado pelo convidado. A vítima é responsável pela empresa de coquetéis contratada na ocasião.

Segundo o inquérito policial, Ticiano Alves teria exigido que Bruno lhe servisse cerveja. O bartender explicou que havia sido contratado apenas para o serviço de coquetéis e que a cerveja estava disponível em outro ponto. Após a resposta, o acusado arremessou um copo de vidro diretamente contra o rosto de Bruno.

A vítima foi socorrida e encaminhada ao hospital. O impacto do vidro resultou em cortes profundos na face, exigindo 62 pontos de sutura. Além da questão estética, o profissional teve um canal salivar rompido e correu risco de comprometimento da visão.

O empresário Bruno Rugue foi agredido enquanto trabalhava em um evento. A Polícia Civil investiga o caso (Foto: reprodução/redes sociais )
Foto: reprodução/redes sociais O empresário Bruno Rugue foi agredido enquanto trabalhava em um evento. A Polícia Civil investiga o caso

O caso gerou comoção no setor de eventos e gastronomia. O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou o agressor por lesão corporal de natureza grave, qualificada pelo motivo fútil e pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

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