Secretaria da Saúde monitora caso suspeito de intoxicação por metanol no Ceará
Estado já teve 11 casos notificados. Destes, dez foram descartados até o momento
A Secretária da Saúde do Ceará (Sesa) acompanha um caso suspeito de intoxicação por metanol. O registro aconteceu no município de Fortim, na terça-feira, 21. As análises são realizadas em parceria das equipes de Vigilância em Saúde estadual e municipal com as unidades hospitalares e a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Até o momento, 11 ocorrências foram notificadas. Destas, dez foram descartadas. Um caso em Caucaia também foi notificado, mas a amostra analisada apresentou resultado negativo.
Com o aumento da preocupação devido a intoxicação por ingestão de metanol, o Ceará recebeu 64 doses do antídoto fomezipol no último dia 9. O medicamento auxilia no combate à intoxicação ao inibir a metabolização do composto em ácido fórmico, o processo de acidose metabólica é obstruído, o que impede maiores complicações. O tratamento com etanol farmacêutico também representa uma alternativa.
O Ministério da Saúde, em relatório divulgado na quarta-feira, 22, apontou que 53 casos de intoxicação por metanol foram confirmados, enquanto 59 estavam sendo investigados. A entidade ainda revela que dez mortes foram atribuídas a contaminação por metanol, sendo sete em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná.
Quando o caso é considerado suspeito de intoxicação por metanol?
Quando um paciente que ingeriu bebida alcoólica apresenta a persistência ou piora de sintomas.
São levados em consideração sintomas como embriaguez persistente, desconforto gástrico e alteração visual, entre 12 e 24 horas após o consumo. Nesse caso, é recomendado que o acompanhamento médico seja buscado.
Quais os cuidados necessários com bebidas alcoólicas, conforme sugestões do Ministério da Saúde?
Evite o consumo de bebidas destiladas que tenham procedência duvidosa ou desconhecida: compre apenas em locais e de fornecedores de confiança. Sempre verifique se os fornecedores são legalizados e têm o seu sistema de distribuição seguro;
Desconfie de preços muito abaixo do mercado: valores de bebidas, promocionais ou não, que sejam até 60% mais baratos que o usual podem indicar adulteração;
Verifique o estado do lacre e do selo fiscal (IPI): localizado no gargalo da garrafa, o selo é obrigatório e deve estar intacto. O lacre deve estar firme e sem sinais de violação;
Exija a nota fiscal da bebida após a compra: o comprovante serve para garantir que os produtos foram comercializados e distribuídos por distribuidores confiáveis;
Veja a qualidade do líquido: alteração na cor, turbidez ou presença de sedimentos, além de um odor químico forte podem ser fortes indícios de falsificação. Os destilados devem ser transparentes e não apresentar um cheiro forte, dependendo de qual é a bebida;
Assegure que o descarte das embalagens foi feito corretamente: as garrafas devem ser quebrada para impedir a reutilização por falsificadores antes do descarte.
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