Hospital particular em Fortaleza é autuado por "irregularidades no atendimento"

Hospital particular em Fortaleza é autuado por "irregularidades no atendimento"

Decon autuou o Antônio Prudente, da rede Hapvida NotreDame Intermédica, em Fortaleza, no último sábado, 6, após denúncias de usuários da unidade de saúde

O Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon) autuou o Hospital Antônio Prudente, em Fortaleza, por "diversas irregularidades no atendimento de pacientes". Órgão, integrado ao Ministério Público do Ceará (MPCE), aplicou medida no último sábado, 6. Unidade de saúde diz ter conhecimento da situação e alega que vai apresentar sua manifestação formal dentro do prazo legal de 20 dias. 

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De acordo com informações divulgadas pela entidade ministerial, os problemas foram identificados durante uma fiscalização realizada no hospital, que integra a rede Hapvida NotreDame Intermédica. Inspeção foi feita após denúncias sobre a demora na realização de procedimentos de urgência e emergência no local. 

Na visita, foi constatada a presença de pacientes em jejum por mais de doze horas, "sem qualquer previsão de atendimento cirúrgico" e sem apoio, inclusive, para seus acompanhantes. Eles estariam esperando sob "condições precárias", em "locais inadequados como corredores ou sala de medicação".

Também foi identificado usuários que aguardavam por cirurgias e precisaram usar de meios próprios para se transferir de outro hospital para o Antônio Prudente, pois não havia ambulâncias para o transporte. 

Na inspeção, teria sido ainda constatado "que os pacientes enfrentam longa espera por cirurgias de urgência, um problema agravado pela falta de médicos cirurgiões e anestesistas".

Essa ausência de profissionais, segundo nota emitida pelo ministério, "compromete a realização de procedimentos essenciais e pode colocar a vida de usuários em risco".

"Tal cenário evidencia uma carência profissional que impede a formação de equipes completas e adia procedimentos que não poderiam ser protelados, visto que, a demora em realizar essas cirurgias pode levar a complicações sérias, como infecções, agravamento de lesões e até mesmo a morte", destaca MPCE.

Hospital prepara manifestação formal 

Procurada pelo O POVO, a assessoria do Hapvida encaminhou uma nota onde o hospital afirma ter conhecimento da situação e diz que cumpre o prazo legal de 20 dias para apresentar sua manifestação formal a respeito de tudo o que foi apontado durante fiscalização. 

"A unidade reafirma seu compromisso com o atendimento seguro, humanizado e de qualidade, seguindo rigorosamente protocolos assistenciais reconhecidos nacionalmente. Todas as equipes multiprofissionais passam por constante capacitação e os processos internos são continuamente aprimorados, garantindo cuidados precisos, confiáveis e centrados no bem-estar dos pacientes", pontua.

"A empresa mantém diálogo aberto e transparente com as autoridades competentes e permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários, reafirmando seu compromisso com a ética, a confiança e o cuidado responsável aos beneficiários", completa.

Atualizada às 21h45min

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