Suspeitas de integrar grupo especializado em furto de carros de luxo tem prisão revogada
Mulheres estão entre os 26 investigados por integrar uma quadrilha que furtou mais de 50 veículos, que eram trocados por drogas ou então vendidos ou desmanchados
Duas mulheres suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em furto de carros de luxo tiveram a prisão temporária revogada pela Justiça na última sexta-feira, 28. Ana Gabriela Pereira Monteiro e Thauany Mendes Andrade constam entre as 26 pessoas investigadas por participação no grupo, cuja cúpula, conforme a Polícia Civil do Distrito Federal, era procedente de Fortaleza.
Conforme a decisão judicial, à qual O POVO teve acesso, com o término da investigação policial, as prisões temporárias das suspeitas foram consideradas desnecessárias.
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Em nota, a defesa de Ana Gabriela, realizada pelo advogado Taian Lima, comemorou a decisão, ressaltando que ela não tem envolvimento com a quadrilha e que, após “a deflagração da operação não foram localizadas novas provas que pudessem ensejar a manutenção do decreto prisional”.
A nota também destaca que Ana Gabriela tem “passado e presente imaculados”, assim como residência fixa e trabalho lícito. O POVO não conseguiu localizar a defesa dos demais suspeitos.
Na mesma decisão, um outro suspeito, Matheus Rayan de Araújo Silva, teve a prisão preventiva mantida. Conforme o juiz André Silva Ribeiro, os motivos que levaram ao decreto da prisão dele ainda persistem.
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A operação Sakichi, como foi batizada, foi deflagrada em 12 de fevereiro passado. Foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de prisão temporária e 32 mandados de busca e apreensão, assim como R$ 7 milhões dos suspeitos foram sequestrados. Cinco desses suspeitos foram presos em Fortaleza.
Conforme divulgado pela Polícia Civil do DF, a organização criminosa tinha como modus operandi adulterar os sinais identificadores dos veículos furtados e levá-los a estados que fazem fronteira com países produtores de drogas.
Nesses estados, os carros eram trocados por maconha e cocaína. Além disso, os veículos também eram vendidos, assim como eram desmanchados visando a comercialização das peças automotivas no mercado clandestino.
Ainda de acordo com a investigação, entre dezembro de 2022 e abril de 2023, o grupo furtou, pelo menos, 22 caminhonetes de alto padrão no Distrito Federal. Em 2024, de julho a dezembro, mais 29 caminhonetes foram furtadas, não só no DF, mas também em Goiás.
“O valor de mercado dos veículos procurados pela organização criminosa varia de R$ 220 mil a R$ 600 mil, conforme a tabela fornecida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe”, divulgou à época a Polícia Civil do DF.
Foram alvos da operação: David Alan de Araujo Cardoso, Francisco Helio Forte Viana Filho, Rafael Leite Souza Maria, Walquiria Soares Falcão, Marcia Pereira de Souza, Wesley Lopes de Sousa, Romario Martins da Silva, Matheus Rayan de Araujo Silva, Robson Mateus Sipriano da Costa, Nayana Façanha Peixoto, Carlos Eduardo da Costa, Rodrigo dos Santos de Holanda, Matheus Oliveira Amora da Silva, Matheus Pereira Nogueira, Mateus Batista de Sousa Frota, Alison Lemos de Almeida, Alexandre Ferreira de Amorim, Johnnata Antonny Soares Martins, Danilo Dantas de Freitas, Bruno Batista de Sousa Frota, Paloma Dias de Carvalho Barbosa, Edson Brito Mendes, Thauany Mendes Andrade, Ana Gabriela Pereira Monteiro, Maria Victoria Mendes Campos Cortez e Anderson Batista de Sousa.
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