Professores de Fortaleza recusam proposta de reajuste e devem seguir paralisação

Categoria deve seguir em greve até a próxima quarta-feira, 7, segundo Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute)

Professores da rede municipal de Fortaleza rejeitaram a proposta de reajuste anunciada pela Prefeitura e aprovaram, por unanimidade, a continuidade do estado de greve e paralisações. A decisão veio em assembleia geral após reunião dos representantes do Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) com o prefeito José Sarto (PDT) e a secretária da Educação, Dalila Saldanha, nesta sexta-feira, 2.

A proposta do Executivo, discutida em reunião com o Sindiute pela manhã, era de um reajuste salarial inicial de 3,62% retroativo a janeiro de 2024, aumentando para 4,62% a partir de junho, quando será adicionado o percentual de 0,965%, para alcançar o índice da inflação acumulada de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Ainda na proposta apresentada pela gestão, está inclusa a incorporação ao salário dos educadores de pelo menos 5,5% da regência de classe, que hoje constitui uma gratificação de 20%. Com essa alteração, o percentual da nova regência passa a ser de 14,5%. 

O Sindiute destaca que esses 5,5%, no entanto, "não representam um acréscimo salarial, como divulgado pela prefeitura, mas sim a transformação de uma bonificação em direito garantido".

Além disso, o prefeito e a gestora da Secretaria de Educação propuseram o aumento do Adicional de Dedicação Exclusiva (ADE) de R$ 15 para R$ 16,50, representando um reajuste de 10%.

Com a proposta apresentada, à tarde, foi realizada uma assembleia geral para definir a decisão da categoria e realizar a avaliação das medidas. Inicialmente, os profissionais demandavam 10,09% de reajuste, incluindo o índice de 3,62% referente a 2024 e mais 7,64%, valor pendente desde 2017, e que teria sido negligenciado na proposta da prefeitura.

Ainda de acordo com o Sindiute, outras demandas não atendidas incluíam direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, aplicação da CLT para os professores substitutos e realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.

As reivindicações também incluíam o aumento do teto de contribuição previdenciária e o pagamento do precatório do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), pendente desde 2015.

Portanto, tendo em vista que a proposta apresentada pela gestão municipal não supria as demandas dos educadores, foi aprovada a continuidade do estado de greve e paralisações com o objetivo de melhorar a proposição da prefeitura. Como próximos passos, a categoria informa que a suspensão das atividades deve seguir até, pelo menos, a quarta-feira, 7. 

Programação da greve dos professores

Segunda-feira, 5: marcha da Coordenadoria de Gestão de Pessoas - COGEP até a SME.
Terça-feira, 6: visita à Câmara Municipal para cobrar a recriação dos cargos de técnicos, revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio, elevação do teto de contribuição dos aposentados e aplicação da CLT para os assistentes e professores substitutos.
Quarta-feira, 7: nova Assembleia às 8 horas, na ETI Filgueiras Lima, para definir os rumos da luta.

 

 


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