Chacina do Curió: "Justiçamento não é condizente com a democracia", diz ouvidor do Ministério dos Direitos Humanos

Bruno Renato Teixeira participa nesta terça-feira, 20, do julgamento da Chacina do Curió, que deixou 11 pessoas mortas em novembro de 2015

O ouvidor nacional do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), Bruno Renato Teixeira, está em Fortaleza para acompanhar o primeiro julgamento da Chacina do Curió, que deixou 11 pessoas mortas em novembro de 2015. No Fórum Clóvis Beviláqua, durante a manhã desta terça-feira, 20, ele disse que o justiçamento não é condizente com um regime democrático. 

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“A posição do Ministério, em primeiro lugar, é de total solidariedade a todas as vítimas. Nós confiamos no judiciário e entendemos que a prática do justiçamento não é condizente com a democracia”, frisa. 

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Segundo ele, o Ministério vem afirmar a garantia os direitos, de justiça, sobretudo. "Nessa perspectiva, o Ministério se faz presente e se soma à luta dos familiares e da sociedade civil na busca por justiça (e também) na construção de uma cultura de paz no Ceará e no Brasil”, complementa.

O ouvidor ainda afirma que não se pode permitir que os agentes do Estado sejam violadores dos direitos humanos. “Não podemos mais permitir que um estado seja o principal violador dos direitos humanos, sobretudo as forças de segurança pública. Nós temos que virar essa faixa.”

"Um júri como esse, que vai buscar a responsabilização (do Estado), simboliza que podemos ter um Brasil diferente, que respeita os direitos humanos e a garantia dos povos, principalmente aqueles que são de periferias: o povo preto e periférico”, adiciona.

Com informações da repórter Jéssika Sisnando

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