Entidade denuncia incêndios no manguezal da Sabiaguaba e alerta para danos ao ecossistema

Os casos foram reportados ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) e Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema)

Em menos de dois meses, o Ecomuseu Natural do Mangue registrou três incêndios no manguezal da Sabiaguaba, em Fortaleza. Os casos foram documentados nos dias 17 de outubro e 1º e 19 de novembro. A entidade aponta que, devido a frequência dos casos, há suspeita de ter origem criminosa e não natural, o que põe em risco o ecossistema da região.

Os incêndios, conforme o Ecomuseu, causaram danos a uma área de 2.515 m². “Esses incêndios prejudicam os processos de sucessão natural e inviabilizam a colonização de novos mangues. O solo fica pobre, seco demais, e novas plântulas de mangue que possam estar sendo dispersadas naturalmente pelo manguezal próximo, não terão como enraizar e crescer”, disse a entidade.

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Os casos foram reportados ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) e Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema) por meio de relatórios técnicos, com imagens e vídeos dos casos. O Ecomuseu informou que nenhuma medida foi tomada pelos órgãos acerca dos casos.

Em nota ao O POVO, a Sema informou, nessa terça-feira, 22, que a brigada florestal vem atuando em algumas ocorrências nas unidades de conservação (UCs) estaduais. 

De acordo com a bióloga e coordenadora do Programa Estadual de Prevenção, Monitoramento, Controle de Queimadas e Combate aos Incêndios Florestais (Previna) da Sema, Mônica Carvalho, a queima de lixo e "limpeza" de terrenos são fatores de risco a incêndios florestais.

Ainda segundo Mônica, uma das medidas de combate aos incêndios é por meio da educação ambiental. “A coordenação do Previna, através da Brigada Florestal, está articulada com a gestão do Parque Estadual do Cocó para realização de palestras de sensibilização das comunidades em relação à queima de lixo e limpeza de terrenos”, disse.

O Ecomuseu ressalta que o manguezal é um ecossistema importante para o desenvolvimento da vida no litoral, sendo berçário da pesca, já que é nesse ecossistema onde mais de 95% das espécies de peixes e crustáceos crescem, e que são base da alimentação das comunidades humanas e do turismo.

 

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