Réus do roubo que matou gerente de loja em shopping são condenados a 115 anos de prisão

As penas somadas dos cinco réus chegam a 115 anos de reclusão. Gerente da loja de joias foi usada como escudo humano por condeando e acabou morta

Os cinco réus do roubo a uma loja de joias dentro do shopping Iguatemi, na avenida Washington Soares, em Fortaleza, que terminou com a morte da gerente Caroline Alves da Rocha Damasceno, foram condenados pela 16ª Vara da Comarca de Fortaleza. As penas, somadas, chegam a 115 anos. O crime aconteceu no dia 20 de agosto de 2021. As penas são relacionadas ao artigo 157, de roubo, no inciso II, quando há duas ou mais pessoas envolvidas no crime. 

Os réus são Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira, André Luiz dos Santos Nogueira, Antônio Duarte Araújo Enéas, Douglas da Silva Dias e Antônio Jardeson Lima de Moura. Eles foram presos em flagrante no dia seguinte ao crime, dia 21 de agosto de 2021, e a denúncia do Ministério Público do Estado (MPCE) foi oferecida no dia 2 de setembro do mesmo ano.

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"Conforme o inquérito policial incluso nos presentes autos, no dia 20 de agosto de 2021, por volta das 19h50min, no interior do shopping Iguatemi, na avenida Washington Soares, bairro Edson Queiroz, neste município, os denunciados associaram-se em bando armado com o intuito de, em comunhão de esforços, subtraírem, mediante violência e grave ameaça, com emprego de arma de fogo, coisas móveis pertencentes ao estabelecimento comercial Tânia Joias, que resultou na morte de Caroline Alves Damasceno", informa o documento da sentença judicial obtida pelo O POVO.

O laudo pericial com as imagens captadas no interior da loja identificou que o réu Douglas da Silva Dias levantou a arma e apontou para o segurança anunciando o assalto. O segurança da loja retirou a arma da cintura e começou os disparos contra o assaltante. Mesmo depois que o segurança atirou contra o réu, ele começou a disparar contra o segurança e se agarrou no braço da gerente da loja, Caroline Alves da Rocha, utilizando-a como escudo. Ela foi atingida por uma das munições.

Ainda, conforme a sentença, Douglas, quando usou a vítima como escudo, assumiu o risco de causar a morte da mesma, ante a possibilidade de ela ser atingida pelos tiros. Apesar de o tiro que atingiu a gerente ter sido da arma usada pelo segurança, a Justiça entendeu que o profissional estava agindo em legitima defesa. "Assim constatou-se que o segurança agiu com Animus Defendi, estando amparado pela causa de justificação da legitima defesa", informa o documento.

Jaderson e Douglas foram absolvidos do crime de associação criminosa.


Confira as penas individuais de cada réu:

Lúcio Mauro Rodrigues Ferreira - 24 anos, seis meses e 10 dias de reclusão

André Luíz dos Santos Nogueira - pena de 22 anos, oito meses e 10 dias

Antônio Duarte Araújo Enéas - pena de 25 anos e dois meses e 10 dias de reclusão por roubo e associação criminosa

Douglas da Silva Dias - pena de 22 anos, seis meses e 20 dias por roubo

Antônio Jardeson Lima de Moura - pena de 20 anos e 13 dias por roubo

 

 

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