Varíola dos macacos não tem potencial de causar surtos, afirma Sesa

Paciente no Ceará com Monkeypox está em isolamento domiciliar, e pessoas que tiveram contato com ele estão sendo monitoradas pela Secretaria da Saúde de Fortaleza

Apesar do caso confirmado de varíola dos macacos no Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) não considera a possibilidade de um surto da doença. Ao contrário de vírus respiratórios, como o da Covid-19, o vírus da Monkeypox é transmitido principalmente pelo contato físico com a pessoa doente, tendo mais dificuldade de se espalhar.

“As viroses respiratórias se propagam com muito mais velocidade. Um caso como esse de Monkeypox em que você precisa tocar na mucosa, tocar nas lesões, precisa ter um contato mais íntimo às vezes até, é uma possibilidade muito remota [de haver surto]”, afirma o infectologista Antônio Lima, coordenador de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Fortaleza.

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Apesar disso, a Sesa ainda orienta o uso de máscaras próximo à uma pessoa com suspeita ou com a doença confirmada. “A gente orienta usar máscara porque o paciente pode ter tosse, ter uma lesão na boca, pode transmitir, mas a principal transmissão é contato físico”, diz a secretária executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional, Tânia Mara Coelho. As informações foram repassadas em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 30.

De acordo com a secretária Ana Estela, a SMS está monitorando quem esteve com o paciente que teve caso confirmado de Monkeypox em Fortaleza. O monitoramento deve durar 21 dias, período de incubação da doença.

Paciente está em isolamento domiciliar

O primeiro caso confirmado da varíola dos macacos no Ceará é um homem de 35 anos, residente de Fortaleza, que está em isolamento domiciliar. O paciente apresentou as lesões típicas da doença, procurou um hospital da rede de Fortaleza e retornou para casa, ficando isolado. Essa é a orientação geral para a população com sintomas.

Para os municípios do Interior, a recomendação da Sesa diante de um caso suspeito é notificar o paciente e encaminhá-lo ao hospital de referência. Esta unidade, no Ceará, é o Hospital São José, localizado em Fortaleza e especialista em doenças infectocontagiosas.

No hospital, deve haver a coleta de amostras do paciente para a realização dos exames que identificam a doença. “Todos os 184 municípios do Estado já estão orientados a como proceder diante de um caso suspeito”, afirma a secretária executiva de Vigilância e Regulação em Saúde, Sarah Mendes.

O Ceará já teve 14 notificações da doença, com três casos descartados e outros dez em investigação. Os casos investigados são dos municípios de Fortaleza (5), Caucaia (1), Caridade (1), Russas (1), São Gonçalo do Amarante (1) e Ocara (1). O último caso descartado foi o de Cedro.

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