Uso de máscara um dia após desobrigação no Ceará divide público meio a meio

O POVO foi a shopping de Fortaleza para observar a recepção do novo decreto estadual sobre o uso de máscaras. Mesmo autorizada, metade da população no local seguiu usando o item de proteção individual

Com a desobrigação do uso de máscaras em locais fechados no Ceará, desde o dia 15 de abril, a decisão de manter a proteção é individual. Por isso, é de se esperar um cenário dividido entre quem está aliviado por retirar a máscara e quem ainda prefere ter cautela diante da pandemia de Covid-19.

No shopping RioMar Fortaleza, por exemplo, não foi possível perceber uma maioria de mascarados ou não. Cada vez mais próximo do horário do almoço, clientes chegavam com máscara, sem máscara e outros muitos com a máscara pendurada no queixo.

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Entre os mais velhos, o equipamento de proteção parece ainda ser bem aceito, seguindo a recomendação do Governo Estadual, que sugere a manutenção do uso para “idosos, pessoas com comorbidades ou que estejam com sintomas gripais”. Um casal que preferiu não se identificar comentou ao O POVO que ainda não se sente completamente seguro para deixar o objeto de lado.

“Eu fiquei surpresa, porque eu achei que primeiramente iria desobrigar em locais abertos e seria algo gradativo. Prefiro usar a máscara em lugares fechados e manter a cautela em locais abertos”, afirma a entrevistada. A desobrigação em locais abertos veio em 18 de março.

O companheiro dela acrescenta: “E é aquela coisa, apenas desobrigou o uso, mas a recomendação é continuar usando, né? O fato de não ser obrigado, não quer dizer que a gente não vá usar. Porque além de prevenir da Covid-19, vai prevenir de outras gripes também.”

Mas há quem, mesmo com receio da doença, comemore o decreto deixando a máscara de lado. É o caso das amigas Luara e Ana Letícia, de 13 e 11 anos. Elas souberam da notícia pelo Instagram e, apesar de acharem um pouco diferente sair sem a proteção, acharam “muito melhor”. “Na escola, a maioria já não usava muito, usava abaixo do queixo, abaixo do nariz e aí não servia muito. Agora, a maioria das pessoas da escola tiraram”, dizem.

“Eu tô sem máscara porque é mais confortável, mas confesso que eu ainda tenho medo da Covid-19”, reconhece Luara, seguida do apoio e concordância de Ana Letícia. Ambas já estão com as duas doses da vacina contra a Covid-19, à espera da autorização para tomarem a terceira.

Durante o tempo que O POVO esteve no local, foi perceptível o receio das pessoas de darem entrevista sobre o assunto. Sem importar se estavam com máscara ou sem, as pessoas hesitaram em aceitar conversar e preferiram não ser identificadas.

Vale ressaltar que o uso de máscara de proteção ainda é obrigatório em ambientes médicos e nos transportes públicos. Além disso, o decreto mantém a obrigatoriedade da apresentação do passaporte sanitário, sendo ele físico ou digital, em eventos de qualquer natureza e porte, restaurantes, bares, barracas de praia e academias, bem como para a hospedagem em hotéis e pousadas. Também é exigido o passaporte sanitário para o ingresso de usuários, servidores e colaboradores em órgãos e entidades do setor público estadual. A exigência também vale para hotéis e shoppings com ambientes fechados.

Nessas condições, o passaporte, com as três doses da vacina contra a Covid-19, é exigido para todos com idade igual ou maior a 18 anos. Para hotéis, pousadas e afins, a exigência da terceira dose ou dose de reforço é apenas recomendada, sendo o turista incentivado à aplicação do imunizante. (colaborou Lara Vieira)

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