Ceará investiga dois casos suspeitos da doença da "urina preta"

Segundo a Sesa, há um monitoramento por meio de comunicação ativa e sistemática da Célula de Resposta às Emergências em Saúde Pública com as unidades hospitalares

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou que está investigando dois casos suspeitos da síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”. Os casos seriam de um idoso e uma mulher, ambos de Fortaleza. A notificação foi feita após os pacientes serem internados em hospitais privados depois do consumo do peixe da espécie arabaiana. Os pacientes não são da mesma família e já tiveram alta hospitalar; ele na segunda-feira, 16, e ela na terça-feira, 17.

Segundo a Sesa, há um monitoramento por meio de comunicação ativa e sistemática da Célula de Resposta às Emergências em Saúde Pública (CIEVS) junto às unidades de saúde. Segundo a pasta, esse contato é feito por meio de link de monitoramento diário que é compartilhado com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e com os núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar.

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A doença tem casos pontuais no Ceará. Em 2018, um casal foi infectado após consumir um peixe comprado em Fortaleza. Ambos cearenses, eles viviam em São Paulo e comeram o peixe comprado na Capital. Em fevereiro de 2017, o Estado ficou em alerta com pelo menos dez casos da doença.

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O que é a doença

 

O nome foi dado em razão da descoberta da doença em um lago chamado Frisches Haff, na região de Koningsberg em 1924. O território, à beira do Mar Báltico, pertencia à Alemanha, mas foi incorporado à Rússia posteriormente. As informações são do Ministério da Saúde. 

A doença é causada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes como o tambaqui, o badejo e a arabaiana ou crustáceos (lagosta, lagostim, camarão). A contaminação acontece quando o peixe não foi guardado e acondicionado de maneira adequada. Com isso, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor.

Mesmo com a carne sendo cozida, a toxina provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro dessas fibras na corrente sanguínea. Isso provoca danos no sistema muscular e em órgãos como os rins.

Sintomas

 

Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos, de acordo com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde.

Ocorre extrema rigidez muscular de forma repentina, além de dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força em todo o corpo. Um dos principais sintomas, que dão o apelido da doença, é a urina cor de café. Isso acontece porque o rim tenta limpar as impurezas, causadas pelas lesões musculares. Febre não é muito comum.

O tratamento consiste muito na hidratação, logo com o aparecimento dos sintomas. A intenção é diminuir a concentração da toxina no sangue, para favorecer a eliminação através da urina. Segundo o Ministério da Saúde, a recomendação é que, ao sentir dores musculares e apresentar urina escura após o consumo de peixes ou crustáceos, uma unidade de saúde deve ser procurada.

A principal prevenção para a síndrome é não consumir pescados ou crustáceos de origem, transporte ou armazenamento sejam desconhecidos.

 

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