Esquema usava dados de vítimas para solicitar cartões e fazer compras

Três pessoas foram presas suspeitas de praticar os golpes. Foram apreendidos centenas de cartões e dezenas de maquinetas para cartões

A Polícia Civil divulgou na tarde desta quarta-feira, 22, informações sobre a prisão de três pessoas suspeitas de integrar um esquema criminoso que faturou mais de R$ 2,5 milhões em golpes financeiros. Conforme as investigações, os criminosos utilizavam dados das vítimas para solicitar cartões de crédito e fazer compras indevidas, em muitos casos, em maquinetas de cartões mantidas pelo próprio grupo.

As investigações levaram a Polícia a pedir a prisão de Francisco Bezerra Alexandre, de 36 anos, o que foi deferido pela Justiça. Nessa terça-feira, 20, mandado de prisão preventiva contra ele foi cumprido em um apartamento do bairro Maraponga. No local, os policiais encontraram 191 cartões magnéticos com dados de terceiros, dezenas de maquinetas de cartões e papéis para fabricação de documentos, como RGs e comprovantes de endereço. Antes, já haviam sido apreendidos 200 cartões bancários. Também foram encontrados chips telefônicos, notebooks e aparelhos celulares. Foram presos em flagrante no apartamento, além de Francisco, sua esposa Samara Lívia Pires Braga, 27, e Francisco Alison Pinto Patrício, 23 anos.

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Conforme o delegado Ismael Araújo, titular da Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCCLD), os golpes foram denunciados pelas próprias instituições financeiras. Ele classificou o esquema desbaratado como de “média complexidade”. “Eles dependem de informações que são, relativamente, privilegiadas. Dependem também da utilização desses implementos”, disse.

“Vocês observam, por exemplo, que eles tiveram acesso a papéis em branco de comprovantes de residência, então, isso reclama uma atividade anterior.” O delegado optou por não divulgar como os criminosos tinham acesso aos dados para evitar propagar informações que possam vir a resultar em novos crimes. Mas destacou a gravidade do vazamento de dados na internet para a prática desse tipo de crime. As vítimas são de todo o Brasil.

As investigações prosseguem e devem apurar se mais pessoas faziam parte do esquema, incluindo servidores públicos. A existência de bens obtidos de forma criminosa também é apurada. O delegado Ismael Araújo acredita que o valor conseguido pelo esquema era ainda maior que os 2,5 milhões já apurados.

O mandado contra Francisco dizia respeito a crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e privados, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ele também foi autuado em flagrante por associação criminosa, assim como Samara Lívia e Francisco Alison — este último ainda deverá responder por falsificação de documento público e privado e lavagem de dinheiro.

 

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