Passageiros reclamam de atrasos durante paralisação de ônibus

O POVO esteve nas ruas de Fortaleza desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 8. Sindicato dos motoristas decretou greve para cobrar vacinação da categoria e melhorias

O anúncio da paralisação dos ônibus na Capital deixou apreensivos aqueles que dependem do transporte público para se locomover. Antes mesmo das 6 horas da manhã, o movimento já era intenso nas imediações do Terminal do Siqueira. Entre os passos apressados, poucos eram os que estavam dispostos a comentar sobre a paralisação iminente.

"Eu não notei nenhuma diferença hoje", disse Francisca Gomes, 27, que, sem perder tempo, adentrou o terminal. A zeladora Fernanda de Souza, 53, era mais uma das pessoas apressadas no local. Enquanto aguardava na fila, ela explica o motivo da pressa. "Ouvi dizer que vai ter uma greve. Ninguém sabe como vai ficar até mais tarde, só espero que não deixe a gente na mão. Todo mundo correndo com medo de perder os ônibus", explica.

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O POVO esteve nas ruas de Fortaleza desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 8. Antes das 5h30min da manhã, coletivos já circulavam pela Cidade. Nas avenidas Oliveira Paiva, no bairro Cidade dos Funcionários, e Ministro José Américo, no Cambeba, o serviço acontecia sem grandes alterações.

Entretanto, a situação era outra na avenida Osório de Paiva, no bairro Vila Peri. Apesar do movimento tranquilo no ponto de ônibus, Francisco Elemir, 56, alega atrasos no transporte. "Acho que está atrasando um pouco nas paradas. Vou chegar um pouco atrasado hoje. Todo dia venho nessa parada, pego o ônibus que sai do Siqueira e vai para a José Bastos, e ainda estou esperando chegar", conta.

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Apesar da intensa movimentação de ônibus nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 8, o terminal do Siqueira registrou uma paralisação da categoria dos motoristas de ônibus por volta das 7h30min.

Não houve registro de grandes aglomerações nas paradas de ônibus. Nas avenidas Antônio Sales, Virgílio Távora e Santos Dumont, o fluxo de veículos era intenso, mas a quantidade de pessoas esperando transporte público não era grande. Já na Avenida da Universidade, alguns grupos aguardam os coletivos nos pontos de ônibus ao longo da via.

Por volta das 7 horas da manhã, o Terminal do Papicu também não apresentava nenhuma movimentação atípica. Nilda Ferreira, 43, utilizou o transporte público para chegar à clínica onde trabalha. "Eles tão dizendo que vai ter grave, mas estou vendo tudo funcionando. Inclusive, achei mais vago hoje, até sentada eu estava. Eu vim da Messejana até o Papicu e está tudo normal", relata Nilda.

O carpinteiro Leonardo Gomes, 32, também não notou grandes diferenças no transporte, e afirma que buscará outra opção para se locomover caso tenha problemas com a disponibilidade de ônibus. "Até agora, estou vendo tudo normal, o pessoal está falando que só tem 70% da frota. Se não tiver ônibus, volto de metrô pra casa", afirma.

No Terminal da Messejana, o número de reclamações foi maior. Passageiros que deixavam o terminal relataram a demora para achar um coletivo. "Eu não acho que está normal, está demorando um pouco nas paradas. Hoje, eu esperei e acabei pegando uma carona, porque demorou bastante", conta Antônia da Guia, 43.

"Está demorando um pouco, sim. Acho que a frota diminuiu. Com essa suspeita de greve, está meio complicado. Eu saí do Antônio Bezerra e vim para a Messejana, demorou uns 30 minutos para passar. Os ônibus ainda estão cheios, sempre lotados, a diminuição da frota acaba piorando", relata Ednardo da Silva, 27.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) confirmou que ocorreram paralisações temporárias em alguns pontos de Fortaleza, na manhã desta terça-feira, 8. Segundo a nota, as ocorrências foram dirigidas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro).

O Sindiônibus informou que as empresas de transporte coletivo estão atuando prontamente pela imediata retomada da normalidade do serviço. O comunicado destaca que, ainda na última segunda-feira, 07, "o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região determinou que o Sintro-CE se abstenha de realizar bloqueios aos terminais rodoviários, garagens, praças e locais de paradas dos veículos de transporte público, de impedir o acesso ao trabalho dos empregados que queiram trabalhar ou promover a interdição de vias públicas".

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O Sindiônibus não informou a quantidade de ônibus que estão circulando, mas comunicou que a frota está operando dentro da capacidade prevista, e que todos os esforços operacionais estão sendo realizados para garantir a circulação normal da população. O Sindicato das Empresas reiterou também o repúdio a qualquer ato que prejudique a circulação dos ônibus e impeça o deslocamento da população.

Por meio das redes sociais, o Sintro divulgou imagens de atos realizados pela Capital. O Sindicato dos Trabalhadores pede melhorias salariais, além de prioridade no plano de vacinação contra a Covid-19. O Sintro não divulgou nenhuma previsão sobre o tempo de duração da greve.

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