Após decreto, bares e restaurantes reagem e mudam horário de funcionamento

Com as novas medidas, o setor é um dos que pode funcionar somente até as 20 horas durante a semana e até as 15 horas aos sábados e domingos

As novas restrições de funcionamento para bares e restaurantes em Fortaleza, visando diminuir a velocidade de disseminação da Covid-19, vêm provocando reações do segmento. Com as novas medidas, o setor é um dos que pode funcionar somente até as 20 horas durante a semana e até as 15 horas aos sábados e domingos. 

O Chopp do Bixiga, tradicional da boemia alencarina, publicou em suas redes sociais pedindo que os clientes "cheguem cedo e que venham no sábado e domingo à tarde". O estabelecimento indica uma "caça às bruxas" aos bares e informou a decisão de voltar a servir feijoada para evitar o fechamento da casa. 

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Conhecido no bairro Benfica, o Barbarians Pub também publicou um comunicado. "Estamos trabalhando seguindo todo o protocolo de segurança e vamos continuar trabalhando. Contamos com a ajuda dos nossos amigos e clientes que sempre estiveram aqui conosco", afirma. "Está muito difícil suportar isso, mas com a ajuda de vocês, só vocês, poderemos sair dessa."

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O restaurante Del Plata é outro que se manifestou nas redes: "Estamos aqui para cozinhar, é o que sabemos fazer e queremos fazê-lo bem. Se ninguém puder vir, mais uma vez vamos até o cliente. Mas vamos aproveitar os horários".

O Alpendre Bar decidiu que não funcionará até sexta-feira, 5. Já a Toca do Plácido publicou que volta a funcionar somente após o Carnaval. Outros estabelecimentos se limitaram a divulgar que, diante do novo decreto, estão alterando seus horários. 

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Entidades representativas

 

Ainda nessa terça-feira, 2, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Ceará publicou nota afirmando que as medidas do Governo estão destruindo o setor. Segundo a entidade, a mudança “pegou totalmente de surpresa os milhares de empregadores, afetando, inclusive, os empregados e suas famílias”. "O Governo prova novamente sua incompetência e joga a conta em cima do trabalhador, que não tem perspectiva de como irá pagar suas contas, enquanto os salários dos nossos governantes estão em dia", continua.

Já o Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de Praia, Buffets e Similares do Estado do Ceará (Sindirest-CE) lançou carta aberta ao Governador do Estado também enfatizando surpresa com o anúncio feito por Camilo Santana (PT) nesta terça-feira. A carta questiona como os estabelecimentos "poderão sobreviver sem um mínimo de tempo para, por exemplo, dar férias a funcionários (evitando mais demissões), ou mesmo comprar estoque menor, a fim de não armazenar produtos para o turno da noite".


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