Entenda os golpes de que é acusado corretor preso por estelionato no Centro

José Valmir Martins Filho é acusado de adquirir carros sem repassar o valor pago, assim como não entregar os carros a quem por eles pagava. Mandado de prisão foi cumprido na manhã desta quinta-feira, 14

O corretor preso por estelionato e apropriação indébita já havia sido procurado em cinco endereços antes de ser localizado na manhã desta quinta-feira, 14, no Centro, em cumprimento de mandado de prisão. José Valmir Martins Filho, de 40 anos, é acusado de adquirir veículos e não repassar o valor pago ao negociante, assim como não entregar os carros a quem por eles pagava. Pelo menos 15 relatos de golpes cometidos por ele chegaram à Polícia Civil, que abriu dois inquéritos para investigá-los.

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 14, o delegado Wilton Freitas, do 10º Distrito Policial, afirmou que José Valmir era conhecido no mundo da corretagem, mas relatos de golpes passaram a ser feitos a partir de 2019.

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Em denúncia apresentada à Justiça em março último, o Ministério Público Estadual (MPCE) cita quatro negócios feitos pelo acusado com indícios de irregularidades. Entre eles está uma negociação envolvendo um veículo Peugeot 207 Passion XR. Em depoimento, a vítima afirmou que entregou o carro ao corretor para que ele o negociasse por um valor mínimo de R$ 14,5 mil. Passado um mês, porém, não houve retorno e, ao ser questionado, José Valmir afirmou que havia negociado o veículo — sem apresentar, porém, comprovante da negociação nem ter transferido o dinheiro.

O veículo foi localizado com um terceiro, que afirmou à Polícia Civil tê-lo comprado por R$ 15 mil após ver anúncio em um site de vendas. Apesar de não haver contrato, o Documento Único de Transferência (DUT) foi entregue — o DUT, porém, era de 2017. O acusado afirmou em depoimento que só não repassou o valor porque o companheiro da dona do veículo havia exigido antes o pagamento de uma dívida de R$ 10,6 mil. Então, teria passado a negociar a dívida antes de fazer o repasse do valor da venda. No fim, o carro foi restituído à dona original, mas o comprador não recebeu os R$ 15 mil investidos.

Um pedido de prisão preventiva anterior já havia sido pedido à Justiça, o que foi negado. Entretanto, foi autorizada busca e apreensão na casa do acusado. Ele, porém, teria se mudado de forma "sorrateira", cita a decisão que, desta vez, determinou a prisão de José Valmir. A peça da 1ª Vara Criminal afirma, inclusive, que, ao fugir, o acusado deixou para trás dívida de R$ 30 mil referente ao aluguel do imóvel.

Conforme o delegado, o suspeito aplicava os golpes, em sua maioria, em pessoas que frequentavam a mesma igreja evangélica que ele, o que gerava uma relação de confiança. A expectativa da Polícia Civil é de que mais vítimas apareçam para denunciar outros golpes. Além das ações penais, ações cíveis interpostas pelas vítimas podem vir a ocorrer visando o ressarcimento dos valores lesados.

Para evitar golpes, Wilton Freitas orienta que interessados em vender e comprar veículos procurem lojas credenciadas: “Embora tenham muitas pessoas dignas e corretas que vendem e entregam os bens, mas a gente hoje, devido a (ocorrência) de muitos golpes, orienta a procura por locais fixos, uma loja que tenha renome que você possa entrar e expedir uma nota fiscal, que possa dar um comprovante lícito”.

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