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Com nova Torre de Segurança inaugurada no Mondubim, Fortaleza passa a ter dez Células de Proteção Comunitária

Torre de prevenção à violência funcionará 24 horas por dia e terá auxílio de drones. Até o fim deste ano, a expectativa da Prefeitura de Fortaleza é ampliar o número de unidades estrategicamente distribuídas
23:30 | Set. 23, 2020
Autor Mirla Nobre
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Mirla Nobre Repórter-trainee
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Tipo Notícia

Uma nova Célula de Proteção Comunitária foi entregue à população da Capital cearense. A Prefeitura de Fortaleza inaugurou, nesta quarta-feira, 23, a Torre de Segurança do bairro Mondubim, com o objetivo de trabalhar na prevenção e combate à violência. O evento teve a presença do prefeito Roberto Cláudio (PDT), do vice-prefeito Moroni Torgan (DEM) e de representantes do Governo do Ceará. Com a entrega, Fortaleza passa a contar com dez Células de Proteção instaladas na Capital.

Segundo a Prefeitura de Fortaleza, o sistema de proteção busca definir a territorialidade. Além disso, irá auxiliar em ações de urbanização, lazer e iluminação, irá abordar iniciativas culturais, educativas e esportivas. Assim como ações na área social e na geração de emprego e renda. Para buscar a prevenção à violência, o sistema terá ações de patrulhamento de guardas municipais e policiais militares. A ronda ocorrerá por meio de motocicletas e viaturas e, com ajuda de um sistema de vigilância eletrônica, terá monitoramento 24 horas por dia, além de contar com auxílio de drones.

Ao todo, nove bairros de Fortaleza já possuem o programa das Células de Proteção Comunitária são: Jangurussu, Goiabeiras, Vila Velha, Barra do Ceará, Caça e Pesca, Canindezinho, Bonsucesso, comunidade Pôr do Sol (Messejana, na CE 0-40) e Pan Americano. Com o do Mondubim, a capital passa a ter dez células.

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Para a dona de casa e moradora da Barra do Ceará,Jordana Oliveira, o sistema trouxe melhorias para a região como mais iluminação nas ruas. A Barra do Ceará recebeu a quarta Célula de Proteção, em outubro de 2018, e está localizada ao lado do Cuca da Barra. “Desde que chegou aqui no bairro, me sinto mais segura em sair de casa. Sei que problemas com criminalidade sempre vão existir, mas é um começo para tentar controlar isso”, destaca.

Contraponto

Em operação desde fevereiro de 2018, o projeto faz parte do Programa Municipal de Proteção Urbana (PMPU) e tem o objetivo de auxiliar na redução da criminalidade. Entretanto, para o especialista em segurança pública professor Luiz Fábio Paiva, do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da Universidade Federal do Ceará (UFC), o projeto tem sido mais útil em ajudar as campanhas eleitorais do que auxiliar na redução da criminalidade e na segurança da cidade.

Conforme o especialista, estes programas são mais pensados em gestão do que especificamente a segurança em geral. “Com a implementação dessas células, não foi observado nenhum recuo da criminalidade em Fortaleza, ao contrário, mais dinâmicas criminais foram incrementadas”, destaca. Ainda segundo o professor, a falta de preparo dos agentes de segurança, principalmente com o público jovem, provoca uma série de conflitos em torno dessas Células de Proteção, já instaladas na capital cearense.

 

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