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Há 40 anos, incêndio de grandes proporções atingia porto do Mucuripe, em Fortaleza

Incêndio que começou no fim da manhã do dia 28 de julho de 1980 destruiu tanques, preocupou setor econômico e mobilizou famílias para longe de casa
14:54 | Ago. 07, 2020
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

Sinal vermelho no terminal do Mucuripe: Incêndio consome depósito da Shell. Com essa chamada O POVO trazia, logo na primeira página, a notícia do incêndio que atingiu o local onde estavam armazenados 10 milhões de litros de gasolina. O acidente foi há 40 anos. Em uma segunda-feira, no dia 28 de julho de 1980, por volta das 11h40min.

O incêndio, que foi considerado o maior já ocorrido em Fortaleza até então, culminou na explosão de depósitos de combustível. Além da gasolina, tanques de óleo diesel, álcool e solvente foram consumidos pelo fogo. Sete dos nove tanques da Shell foram destruídos.

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A reportagem de capa do dia 29 de julho, a terça-feira seguinte ao acidente, revelava que o incêndio começou em um tanque onde estavam armazenados 75 mil litros de álcool. As chamas chegaram a 40 metros de altura, impulsionadas pelo vento forte. A fumaça subia altura superior a 100 metros.

Ainda na madrugada após o início do incêndio, o Corpo de Bombeiros esperava a chegada de equipamentos necessários para o combate que estavam vindo de Recife, trazidos em avião. Prejuízo da empresa foi estimado, na época, em Cr$ 100 milhões.

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Alerta de perigo

Incêndio afetou diretamente população que morava no entorno do Porto
Incêndio afetou diretamente população que morava no entorno do Porto (Foto: O POVO)

 

Um mês antes do incêndio, O POVO publicou matéria denunciando falta de segurança em que os trabalhadores eram expostos na área. Com o título "Mucuripe: área de risco no mapa das preocupações" mostrava "falhas gritantes" no sistema de prevenção contra incêndio. A fonte para tal denúncia era o próprio Corpo de Bombeiros.

Famílias retiradas

Para evitar aglomerações, o Corpo de Bombeiros isolou a área em cerca de 10 km. Famílias que moravam nas proximidades também foram retiradas do local.

Reportagem do dia 30 de julho trazia que "mais de mil residentes nas áreas mais próximas" ao terminal precisaram buscar refúgio na casa de parentes. Lugares como o Centro de Reintegração Social e Creche da Fundação do Bem-Estar do Menor do Ceará (Febemce) serviram como abrigo para essas famílias.

Além disso, "algumas poucas residências luxuosas", como trazia a matéria, foram esvaziadas por iniciativa das próprias famílias que lá viviam. Atendimento médico de urgência também foi disponibilizado na área isolada. (Colaborou: Matheus Mendes/Especial para O POVO)

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