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Ceará tem quadra chuvosa acima da média histórica pela primeira vez na década

O Ceará acumulou precipitação de 734.3 mm entre fevereiro e maio deste ano. A média histórica é de 695.8 mm
12:21 | Jun. 01, 2020
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

Atualizada às 12h50min

O Ceará acumulou precipitações de 734.3 mm entre fevereiro e maio deste ano, período que compreende a quadra chuvosa, conforme dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). É a primeira vez nesta década que o Estado tem chuvas acima da média histórica. O POVO já havia adiantado que o Ceará superou em 22% a média de precipitações para a quadra chuvosa. No período, todas as macrorregiões tiveram registros acima da média.

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A média histórica de chuvas no Ceará é de 695.8 mm. Em 2019, foram 674.8 mm acumulados no Estado, enquanto em 2018 a quadra chuvosa marcou 600.5 mm. Entre 2011 e 2016, quando o Estado enfrentou seca intensa, os registros ficaram todos abaixo da média, sendo o menor em 2012: 289.8 mm acumulados.

Durante a quadra deste ano, o maior acumulado foi em março, com 275.7 mm. Em maio, foram observados 86.1 mm. Choveu mais no litoral de Fortaleza, com 1049.8 mm acumulados, 31.8% a mais que a normal climatológica (796.7 mm). Litoral Norte (931.5mm), Cariri (862.6 mm) e Maciço de Baturité (852.8 mm) vêm em sequência.


A chuva garantiu aporte para boa parte dos reservatórios cearenses, com muitos deles atingindo a capacidade máxima - a exemplo de Araras, Acaraú Mirim, Tucunduba e Amanary. O Castanhão, maior açude do Estado, está com 16,02% acumulado do volume de água. Segundo maior reservatório, Orós está com com 28% do volume e Banabuiú, terceiro maior, com 13,73%.

Chove em 40 municípios no último domingo da quadra

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção agrícola esperada é de 637.787 toneladas como resultado das chuvas. É um crescimento de 37,85% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, em relação ao primeiro prognóstico, efetuado em janeiro deste ano (462.673 t). Representa também crescimento de 12,96%, em relação à safra de grãos efetivamente obtida em 2019 (564.615 t).

Pós-Estação

Agora, o Ceará entra na pós-estação, marcada pelos meses de junho a julho. De acordo com a Funceme, apesar da redução nos acumulados, chuvas ainda deverão ocorrer nesse período ao longo do território cearense. A normal climatológica para o mês de junho é de 37,5 milímetros, enquanto para julho é de apenas 15,4 mm. O litoral de Fortaleza é a macrorregião que costuma receber mais chuvas no bimestre, conforme a média histórica: 122 mm.

"Embora se observe uma redução das precipitações, a Pós-Estação não representa o fim das precipitações no Ceará. Neste período do ano, tornam-se mais frequentes a formação de Ondas de Leste na costa da África", explica a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto. "Estes sistemas se deslocam até a região Nordeste, muitas vezes alcançando nosso Estado e favorecendo a ocorrência de chuvas, principalmente em parte do litoral e região Jaguaribana".

O litoral de Fortaleza é a macrorregião que costuma receber mais chuvas no bimestre
O litoral de Fortaleza é a macrorregião que costuma receber mais chuvas no bimestre (Foto: Funceme)

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