Mais 4 empresas de transportes são descredenciadas em Fortaleza
As plataformas Uni4, Moobi, Safer e Urban também estão inaptas a rodarem no MunicípioMais quatro empresas de transporte são descredenciadas para atuar em Fortaleza. Dentre os motivos estão a falta de documentos necessários para o recadastro e o descumprimento de normas, de acordo com informações da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP). Motoristas que continuarem trabalhando por esses aplicativos no Município podem ser multados ou terem carros apreendidos.
As plataformas Urban, Uni4 e Moobi, segundo SCSP, tiveram cadastros expirados e não apresentaram documentação necessária para recadastro. Já a empresa de transporte Safer descumpriu normas previstas na legislação e, mesmo sendo notificada pela pasta, continuou atuando em “desacordo com regulamentação”, o que resultou em seu descredenciamento.
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O presidente da Associação dos Motoristas Privados Individuais de Passageiros do Ceará (Ampip-CE), Antônio Evangelista, afirmou ao O POVO que as empresas não procuraram os motoristas e nem responderam ao contato que fizeram. Condutores descobriram que plataformas estavam descrendenciadas em fevereiro deste ano, quando tentavam fazer vistoria nos carros e foram impedidos pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Antônio acrescenta que, ao procurar a sede da Urban em Fortaleza, descobriu que ela não funcionava mais.
A SCSP informou que a plataforma Urban comunicou não ter interesse em “continuar com o serviço no município de Fortaleza”. Procuradas pelo O POVO, a Moobi alegou apenas que não estava mais atuando na região, evitando esclarecimentos, e a Uni4 não quis se pronunciar sobre assunto.
De acordo com a lei Municipal 10.751, que regulamenta a atividade de transporte remunerado privado individual de passageiros, motoristas das plataformas descredenciadas que transportarem passageiros podem ser multados ou terem veículos apreendidos.
Impasse com Prefeitura
Fabio Thuin, proprietário da Safer, informou que realiza parcerias com empresas de transporte rodoviário, possibilitando que passageiros paguem um valor único para ter acesso a viagem de ônibus e, em seguida, a locomoção da rodoviária até sua residência. Thuin afirma que, mesmo o Município estando ciente disso no momento do cadastro, passou a questionar a forma de operação da empresa, alegando regras.
O proprietário frisa ainda que não chegou a ser notificado sobre a possibilidade de descredenciamento, seguindo trabalhando da mesma forma até descobrir, por meio da “imprensa”, que havia perdido cadastro. "Os taxistas se incomodaram com o serviço e pressionaram a Prefeitura", acusa. A empresa atuava em Fortaleza desde setembro de 2019.
Já o aplicativo 99, descredenciado em Fortaleza desde o ano passado, entrou na Justiça contra prefeitura alegando que Município “dificultava” a tentativa de regularização da empresa. A plataforma descobriu que estava inapta na Capital em fevereiro deste ano, por meio de motoristas que atuavam nela. A SCSP informou ao O POVO que a plataforma não apresentou “documentação e informações exigidas pela legislação pertinente”.