Grupo Crítica Radical promove ato de emancipação nesta sexta-feira na Capital
Para organizadores, o ato significa a "gestação" de uma perspectiva diferente; evento contará com rodas de conversa e debate, além de uma programação de lazer
O Grupo Crítica Radical promove, com apoio de organizações e movimentos parceiros, um ato de emancipação amanhã, 27, na praça da Gentilândia, em Fortaleza. O evento, que é aberto ao público, contará com rodas de conversa e troca de experiências. Haverá ainda uma vasta programação de lazer. O início está marcado para as 9 horas, com encerramento previsto às 21 horas.
O Crítica Radical propaga a ideia de ruptura com a política e com as práticas de partidos e entidades que querem administrar a crise do sistema, mesmo estando inseridos nele. Além disso, trabalha para a construção de um novo movimento social com perspectiva emancipatória. Em entrevista ao O POVO, Rosa Fonseca e Jorge Paiva, representantes do movimento, falaram a respeito do evento e dos esforços para a sua realização.
Paiva alerta que a crise política atual dá razão à tese defendida pelo Crítica e o ato significa a “gestação” de uma perspectiva diferente. “O evento não trata apenas da parte teórica, trata-se de um chamado para a luta, para a construção de uma nova visão. Os movimentos sociais sempre giraram em torno das categorias, nunca em torno de uma crítica às categorias”, comenta, destacando que qualquer pessoa pode participar e que haverá espaço para críticas. “Isso é fundamental. Nós temos esse espírito de abertura ao diálogo”.
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AssineRosa Fonseca explica que o evento será uma espécie de antecipação da sociedade desejada por eles. “Nós estamos fazendo o chamado com essa palavra ‘basta’. Basta desse sistema capitalista, patriarcal e produtor de categorias. A ideia é que nós possamos afirmar nossas ideias através dos compartilhamento de saberes”, pontua, revelando que além dos debates teóricos, o evento contará com apresentações de grupos musicais variados, contação de histórias e oficinas.
A organização informou que não há uma estimativa de quantas pessoas devem comparecer ao ato, mas acredita que a adesão será expressiva. “Pessoas do interior estão chegando, nossos informes estão sendo disponibilizados, mas não temos um número fechado. Seja lá qual for, o importante é que haja troca de ideias”, finaliza Jorge. Além do Crítica, espera-se a participação de membros da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Ceará (Fetraf-Ce), da União das Mulheres Cearenses (UMC) e do Movimento dos Trabalhadores da Saúde (Mdts).
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