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Neste domingo, corrida alerta para o combate à violência contra a mulher

O Treino de Corrida e Caminhada pelo Fim da Violência Contra as Mulheres chamou a atenção para o tema com a participação de 1,2 mil pessoas

Organizado pelo Grupo Mulheres do Brasil, Treino de Corrida e Caminhada pelo Fim da Violência Contra as Mulheres chamou a atenção para o tema com a participação de 1,2 mil pessoas. Com percursos de 2,5, 5 e 10km, o percurso teve início Ayo Fitness Club, no bairro Patriolino Ribeiro. A iniciativa integra os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Presente em 43 cidades brasileiras e 10 países, o grupo foi criado em 2013 com o objetivo de ajudar mulheres de todas as classes, conta Annete Reever Castro, líder maior do Mulheres do Brasil no Ceará. “A primeira coisa é que a gente precisa falar e a gente precisa permitir um ambiente em que as pessoas possam se manifestar e entender onde buscar apoio. Não podemos permitir que duas mulheres sejam mortas a cada hora nesse país”, defende.

Karla Andréia, 36, foi uma das participantes da corrida. “Faz três anos que corro e mudou minha vida, era bem sedentária. Fora a qualidade de vida que é maravilhosa, tenho fôlego para tudo. Essa corrida é muito importante porque temos mostrar que temos garra e que somos importantes. Essa causa nos valoriza”, diz a auxiliar de dentista.

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A organização desenvolve trabalhos na área de artesanato, cultura de paz e empreendedorismo, com atuação dentro dos presídio, adoção de escolas públicas e programas para melhorar a gestão de associações da sociedade civil.

“O feminicídio é um problema sério. Como a gente resolve? Empoderando, gerando meios de recursos, autoestima. Trabalhamos em vários lugares ao redor da cidade, dentro das comunidades, dentro dos presídios com mulheres e com homens, empoderando e conscientizando”, acrescenta Annete.

Conforme Aline Miranda, defensora pública e uma das líderes do Comitê de Cultura de Paz, o acolhimento vai desde a escuta à informação sobre a rede de proteção. “Às vezes, a mulher é vítima de uma relação abusiva e nem mesmo tem consciência disso. É preciso conhecer as situações que caracterizam um abuso que pode caminhar para uma violência”, frisa.

Ela explica que, muitas vezes, tudo começa com a violência patrimonial. Algumas mulheres se submetem a uma situação de violência pela condição de dependência econômica. Um dos nossos propósitos da entidade, de acordo com Aline, é empoderar as mulheres para que possam gerir o próprio sustento e não se submeter a situações de abuso. “Há a violência psicológica, que é muito forte e ela sente que a vida dela depende daquele relacionamento, não vê outras perspectivas. Há uma gradação desses níveis de violência física e o nível superlativo de tudo isso é a tentativa de assassinato”, explica.

Sobre os primeiros sinais, ela alerta: “quando começa a humilhar a pessoa, impedir que ela tenha sua autoestima, que ela se vista como ela quer, que ela seja comunicativa, retrai e impede que ela tenha vida própria”.

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