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Segunda fase de implantação do trinário da Duque de Caxias causa confusão entre usuários de ônibus

A mudança não favorece pedestres e ciclistas, de acordo com especialista. Um acidente devido a má sinalização aconteceu na madrugada dessa terça-feira na região
13:58 | Out. 29, 2019
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Tipo Notícia

Segunda fase de implantação do trinário da avenida Duque de Caxias, no Centro, fez usuários de ônibus e motoristas ficarem confusos na manhã desta terça-feira, 29. A mudança, que deixou a via com sentido único (Aldeota-Centro), impactou o trecho entre as ruas Tristão Gonçalves e Major Facundo.

Com a mudança, passageiros de transporte público que iriam no sentido Centro-Aldeota precisam caminhar até a rua Meton de Alencar, dois quarteirões de distância. O POVO Online esteve no local nesta manhã e verificou que a informação não é de conhecimento de boa parte dos usuários.

Funcionários do Sindiônibus, empresa responsável pela administração dos ônibus, não foram encontrados pela reportagem na avenida Duque de Caxias, mas somente na rua Meton de Alencar e em vias secundárias, como a rua Barão do Rio Branco.

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A aposentada Edite Andrade, 71, foi uma das pessoas surpresas com a mudança. Ela explica que não andava há bastante tempo pelo Centro e não sabia se o ônibus que pegava para voltar para casa teve sua rota alterada. “Eu estou perdida, minha esperança é que esteja tudo normal. Já perguntei a alguns outros passageiros, mas ninguém soube informar”, ressaltou.

Já a estudante Jéssica Sousa, 19, que estava aguardando o coletivo na rua Meton de Alencar, acredita que a mudança é algo positivo. “É melhor aqui porque é uma via menos movimentada e tenho menos dificuldade para atravessar”, argumentou a mulher, que também não estava informada do trinário inicialmente.

“Não há prioridade para pedestres e ciclistas”, diz especialista

Além da implantação de sentido único na Duque de Caxias e redirecionamento do fluxo para outras duas vias paralelas, o trinário ainda conta com a criação de uma ciclofaixa na avenida.

Felipe Alves, engenheiro civil e integrante da Associação dos Ciclistas Urbanos de Fortaleza (Ciclovida), argumenta que essa não é uma boa solução para que os pedestres e ciclistas sejam priorizados no trânsito, condição estabelecida na Política Nacional de Mobilidade Urbana.

“No projeto inicial, apresentado à Ciclovida, haveria uma ciclofaixa bidirecional na Duque de Caxias. Entretanto, a Prefeitura mudou de ideia alegando que a implantação tiraria uma das faixas comuns e poderia gerar mais congestionamento”, pontua.

O especialista pondera que assim os ciclistas continuarão usando os dois sentidos, pois não há uma alternativa viável para trafegar no sentido contrário. Felipe considera que uma alternativa seria a implantação de uma ciclofaixa em uma das outras duas faixas de apoio.

Apesar de não considerar ideal, o ciclista Eduardo Robson, 42, disse que a ciclofaixa é uma alternativa para uma maior segurança no trânsito da região. “Antes os ônibus passavam muito perto, era perigoso. Com a ciclofaixa volto para casa mais tranquilo, em segurança”, comemora.

Falta de sinalização

A seta que indicava que os condutores poderiam convergir à direita não foi apagada após a mudança de sentido.
A seta que indicava que os condutores poderiam convergir à direita não foi apagada após a mudança de sentido. (Foto: Leonardo Maia/Especial para O POVO)

O POVO online apurou que durante esta madrugada um motorista subiu a calçada do cruzamento da rua Barão do Rio Branco com a avenida Duque de Caxias devido a má sinalização horizontal. A seta que indicava que os condutores poderiam convergir à direita não foi apagada após a mudança de sentido.

O POVO Online entrou em contato com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) para buscar esclarecimentos, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.

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