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Operação cumpre 14 mandados de prisão contra núcleo de falsificação de documentos

Gaeco desarticula núcleo focado em falsificação de documentos públicos e privados
08:32 | Out. 24, 2019
Autor Rubens Rodrigues
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Rubens Rodrigues Repórter do OPOVO
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Tipo Notícia

Atualizada às 9h40min

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate às Organização Criminosas (Gaeco), cumpre 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra membros de organização criminosa. Com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (COIN), a ação é mais uma fase da Operação Saratoga, que investiga núcleo de falsificação de documentos públicos e particulares. Até às 9 horas desta manhã, 11 alvos foram presos.

O grupo é autônomo e atua em Fortaleza e Região Metropolitana, especificamente nos municípios de Caucaia e Pacatuba. De acordo com o MPCE, entre os alvos estão um advogado e um contador. Mandados de busca e apreensão já foram cumpridos nos escritórios e nas residências deles. Deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza, são oito mandados de prisão preventiva cumpridos durante o dia de hoje Fortaleza e outros nove de busca e apreensão.

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Em Caucaia, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. Em Pacatuba, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão). Além disso, dois mandados de prisão preventiva e mais dois mandados de busca e apreensão são cumpridos dentro do Sistema Prisional do Estado. Outros cinco mandados de prisão preventiva foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e permanecem em aberto até os acusados serem localizados. 

A Investigação

O GAECO começou as investigações da Operação Saratoga ainda em 2016, com o apoio da COIN. Na época, foram identificadas e individualizadas as ações criminosas. O Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado (DTO) e a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (COINT/SAP) dão apoio ao trabalho do MPCE.

Vários golpes eram aplicados a partir da falsificação do material. A começar por compras fraudulentas no comércio, passando por empréstimos financeiros de altos valores, roubo, furto, receptação e adulteração de veículos automotores e fraudes no pagamento de fianças.

O esquema

O promotor de Justiça Adriano Saraiva, do Gaeco, explicou à rádio O POVO CBN que a organização criminosa tinha um líder que cooptava clientes para comprar os documentos falsos. "Parte da clientela dessa organização eram integrantes de uma facção criminosa. Eles compravam e usavam esses documentos cometendo fraudes no comércio cearense e realizando financiamentos em bancos", explica.

"A operação de hoje rompe com o que a organização vinha fazendo desde 2016. Há um grande rompimento não só na falsificação, mas no uso deles (documentos) que causa danos ao comércio e a captação de empréstimos financeiros de altos valores", continua.

Ele destaca que a organização não é ligada a facção criminosa: "É autônoma, no qual parte da clientela é ligada a uma facção". Adriano Saraiva também afirma que, dentre as buscas e apreensões, estão agentes públicos que teriam facilitado as transações. 

Chefia

Essa figura central falada pelo promotor de Justiça tinha visão geral do negócio. Era ele quem contatava, além dos clientes, os fornecedores e receptadores. Partia dele as negociações necessárias para a conquistar os objetivos criminosos do grupo. O grupo tinha um pessoas especializadas para cada ramo da atividade.

A investigação do MPCE aponta que os membros do grupo eram especialistas na fabricação fraudulenta de documentos de transferência veicular (DUTs), carteiras de identidade, carteiras profissionais e de habilitação e títulos de eleitor, além de cartões de crédito, procurações, "batidas de chassi", boletos e comprovantes de pagamento de fiança criminal, certificados e certidões escolares, e contracheques.

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