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Chega a 27 o número de presos no Ceará em operação do MP contra facções criminosas

De acordo com o promotor de Justiça Adriano Saraiva, integrante do Gaeco, no Ceará, os presos tinham forte atuação dentro de unidades prisionais do Estado, tanto que 15 mandados tinham como alvos pessoas já encarceradas

Mais uma pessoa foi encontrada e chega a 27 o número de presos no Ceará em operações do Ministério Público contra facções criminosas. Desde a madrugada de quinta-feira, 15, membros do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil (PCCE), estão em busca de cumprir 35 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Independência, Sobral, Juazeiro do Norte, Groaíras, Aquiraz, Maracanaú e Pacatuba.

As operações Jericó e Al Qaeda seguem ações em vários estados coordenadas pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). Os alvos são pessoas suspeitos de terem algum tipo de envolvimento com facções criminosas. De acordo com o promotor de Justiça Adriano Saraiva, integrante do Gaeco, no Ceará, os presos tinham forte atuação dentro de unidades prisionais do Estado, tanto que 15 mandados tinham como alvos pessoas já encarceradas.

Outras 11 ordens de prisão foram cumpridas no Estado. "Houve ainda uma prisão em flagrante por porte ilegal (de arma de fogo) durante a operação", explicou o promotor em entrevista ao O POVO Online, na última quinta-feira. Os alvos para os quais foram expedidos mandados, mas não foram encontrados, são considerados foragidos.

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"Sabemos que essas facções estão espalhadas pelo Brasil. Uma ação conjunta como esta ataca, de uma só vez, os grupos em todas essas localidades. Traz efetivamente um prejuízo a essas organizações", ressaltou o promotor. Saraiva negou o envolvimento de servidores públicos entre os suspeitos.

Operação Jericó

Segundo ele, as investigações sobre tais alvos ganharam força após a série de ataques realizadas no início deste ano contra bens públicos no Ceará.Conforme as investigações, o suspeitos integravam um complexo esquema criminoso composto, em sua maioria, por membros de posições de comando dentro da facção PCC e por indivíduos a eles relacionados. Apurou-se que, entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de 2019, os investigados praticaram crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio irregular de arma de fogo e o planejamento de homicídios e ataques a agentes e a equipamentos públicos, tanto na Capital quanto no Interior.

Operação Al Qaeda

A “Operação Al Qaeda” também tem relação com a facção PCC, sendo um desdobramento da “Operação Saratoga”, deflagrada também pelo Gaeco do MPCE em dezembro de 2017. De acordo com as investigações, o PCC estaria aumentando sua influência aqui no Estado e ampliando consideravelmente o número de “batismos”, com o objetivo de consolidar o comando de todas as unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza, e ampliar a atuação tanto dentro quanto fora dos presídios.

De acordo com o apurado, entre os meses de maio de 2015 a julho de 2016, a facção praticou uma série de crimes, como tráfico de drogas, homicídios, ameaças e ataques a agentes e equipamentos públicos. O bando contava com uma vasta rede de comparsas que atuavam como gerentes das “bocas” de tráfico, como “correrias” (pessoa que vende droga e repassa informações) e como “laranjas”, que forneciam suas contas bancárias para a movimentação do dinheiro escuso.

Os envolvidos também realizavam ameaças e roubo de veículos para levantar fundos para os negócios ilícitos. Também foram utilizados cooperados para a combinação de ataques a ônibus e a delegacias de polícia, inclusive com a possibilidade de morte de policiais.

Brasil

As ações realizadas nesta quinta-feira se estendem por outros estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. O centro das operações é no Rio de Janeiro. Ao todo, são cumpridos mais de 300 mandados.

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