Subiu para oito o número de mortos em decorrência da briga entre facções rivais na madrugada da última segunda-feira, 11, na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Luciano Andrade Lima (CPPL I), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Segundo o Instituto Dr. José Frota (IJF), o preso Francisco Alexandre Félix do Nascimento morreu na madrugada desta terça-feira, 11. Seu estado de saúde era considerado grave por conta das queimaduras que sofreu de 2º e 3º graus.

Ainda de acordo com o IJF, nove detentos continuam internados no hospital, sendo dois deles em estado grave. "Provavelmente, eles serão transferidos para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva ) ainda hoje", disse assessoria do IJF.

Briga entre facções rivais

A chacina no CPPL I teve início com uma briga envolvendo dois presos quando da visita do último domingo. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus), a briga dos internos ocorreu no Pavilhão 1. Eles teriam descumprido uma das regras da cadeia criada por eles próprios, o de "respeitar o dia de visitas".

O detento Carlos Pitombeira da Silva, 21 anos, teria sido lesionado pelos outros presos em frente aos seus familiares. Depois, em retaliação, foi iniciado um motim, o que irrompeu o problema e gerou brigas entre grupos.

De acordo com o major Teófilo Gomes, do Comando do Policiamento da Capital (CPC), policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da 2ª Companhia de Policiamento de Guarda (CPG), agentes penitenciários da Coordenadoria do Sistema Penal (Cosipe) e do Grupo de Apoio Penitenciário (GAP) foram ao local para controlar a briga.

Para evitar a intervenção dos policiais, segundo o major, os presos acabaram ateando fogo nos colchões. Muitos morreram queimados e outros asfixiados pela fumaça.

Mortos

Os oito mortos em decorrência da chacina no CPPL I são: Francisco Alexandre Félix do Nascimento, Antônio Maurício dos Santos Aguiar, Benedito Freitas Vieira, Jonathan de Oliveira Albuquerque, José Reinaldo de Lima, Paulo Roberto Pinto de Oliveira, Idailson Macedo da Costa e Reginaldo dos Santos Lima. 

Redação O POVO Online