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Atacado ou varejo: onde vale a pena investir?

O investimento inicial nas vendas em atacado é alto e a margem de lucro menor que o varejo, mas a rotatividade de mercadorias pode valer a pena
12:14 | Nov. 19, 2018
Autor O POVO
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O ano de 2017 foi de comemoração para o setor atacadista. Apesar da recessão econômica, o segmento cresceu 0,7% no último ano, atingindo faturamento de R$ 259,8 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad). Esse canal de vendas tem sido a alternativa para novos empreendedores e comerciantes que viram suas vendas no varejo despencarem. Mas, como saber onde vale mais a pena investir?
 
De acordo com o administrador de empresas Wagner César*, cada tipo de venda tem os seus prós e contras. Segundo ele, o grande benefício do varejo é que a margem de lucro é maior. Em compensação, se a venda for realizada em um ponto fixo, o custo pode ser alto. 
 
Além disso, por ser um produto mais caro para o consumidor, haverá mais sobras, o que força a empresa a fazer uma promoção de vendas para acabar com o estoque. “O preço médio da peça acaba sendo uma coisa pela outra”, avalia.
 
Já no atacado, quando existe uma venda em volumes pré-determinados e não tem loja física, o custo é mais baixo. A margem de lucro é bem menor do que no varejo, entretanto, o retorno do investimento é mais rápido. “O giro de produto é maior, então é o seu dinheiro entrando e sendo reinvestido. É um ciclo”, pontua.
 
Estude o mercado antes de investir alto
Antes de decidir se vai iniciar pelo atacado ou varejo, é preciso fazer um estudo de mercado e avaliar as condições do seu negócio. Um dos pontos a ser avaliado é o capital disponível para o investimento inicial na compra de estoque e o espaço físico para armazená-lo. 
 
Segundo Wagner César, o empresário que vai começar um negócio precisa saber o seu nível de investimento. “Se ele não tem muito para investir, meu conselho é entrar no varejo. Lá ele vai conhecer o mercado, começar a amadurecer a sua marca. Com essa noção clara, ele pode migrar para o atacado”, destaca.
 
Outra questão a ser avaliada é o nível de conhecimento do mercado onde vai atuar. Cada mercado (atacado ou varejo) tem suas estratégias de vendas, canais de comunicação que são estabelecidos com quem compra as mercadorias. “No atacado a venda é mais técnica. A equipe precisa estar muito bem treinada para saber como vai atender cada público”, ressalta. 
 
Varejo e atacado: quando os dois valem a pena 
Com 11 anos de mercado, há seis meses, a marca cearense de bijuterias Camila Damiani decidiu apostar também na venda por atacado. A decisão tem valido a pena. “Não me arrependi em nenhum momento. Ainda está aquém do que a gente realmente precisa, mas todos os meses estou aumentando as minhas vendas. Nunca fecho no vermelho”, conta a estilista Camila Damiani.
 
Somente em outubro passado, a marca vendeu mais de cinco mil peças de bijuterias na loja de atacado. Já no varejo, foram cerca de duas mil peças. “No atacado, meu custo é menor e minha venda maior. O varejo hoje em dia, para mim, é uma loja de vitrine, onde atendo clientes antigas de varejo e a marca está em evidência na cidade”, explica a empresária.
 
Camila Damiani conta que a queda nas vendas no varejo e o interesse de outros lojistas em revender as peças da marca abriram seus olhos para o comércio atacadista. O primeiro passo foi reduzir ao máximo os custos de produção para conseguir um preço competitivo para as revendedoras. 
 
Hoje, há peças que chegam a ser até 70% mais baratas que no varejo. “A gente não mudou a qualidade das peças. A alternativa foi criar duas linhas de produtos: uma básica e outra mais elaborada para atender também o público que procura beleza, independente do valor”, pontua a empresária. 
 
*Wagner César é consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE).
 

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Aprenda estratégias financeiras para um MEI

15:31 | Dez. 06, 2018 Tipo

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Não é porque o empreendimento é micro e individual que você poderá deixar de lado planejamentos, estratégias, planilhas e mais planilhas. Como qualquer outra empresa, o microempreendedor individual (MEI) precisa ter o total controle do fluxo de caixa para fugir dos endividamentos e viabilizar investimentos e o crescimento dos negócios. 

 

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De acordo com a administradora de empresas Mônica Arruda*, o que muda para o MEI em relação à gestão financeira é apenas a complexidade das ações. “O porte é menor, mas precisa ter os mesmos cuidados com as movimentações de caixa, se for ter conta bancária, verificar com frequência o extrato, entre outros”, explica.

 

Pesquise e planeje-se 

A regra é a mesma para todo empresário que deseja ter sucesso em qualquer ramo de negócio: antes de mesmo de se formalizar, estude o mercado e faça uma avaliação detalhada do seu público-alvo.

 

Examine também os concorrentes que já estão no mercado oferecendo produtos e serviços semelhantes aos seus e o que eles estão deixando de ofertar ao cliente. Será com as falhas dos concorrentes que conseguirá inovar e se diferenciar. 

 

Com esses dados em mãos, você terá mais certeza de onde deverá investir e qual será o capital de giro necessário para fazer o negócio funcionar bem. Nessa fase, é preciso também fazer uma autoavaliação sobre o seu nível de conhecimento acerca de gestão financeira. Buscar aprendizado e o apoio de instituições especializadas dará mais segurança na gestão dos seus negócios. 

 

Cada passo dado na empresa deverá ser registrado em planilhas. O fluxo de caixa (anotação de todas as receitas e despesas) deve ser iniciado de imediato e o acompanhamento dele precisa ser uma rotina de trabalho, com atualização, de preferência, diária.

 

Preciso de uma conta bancária?

O MEI não é obrigado a ter uma conta corrente jurídica, porém, é recomendado.  De acordo com o economista Kyssier Oliveira*, um dos erros mais comuns na gestão de empresas é a mistura das finanças pessoais com as do empreendimento.

 

Com os valores misturados, são grandes as chances de você tirar dinheiro da sua conta pessoal para pagar um fornecedor, por exemplo. Quando isso acontece, há grandes riscos de descontrole financeiro, pois o fluxo de caixa não vai corresponder à realidade da empresa.

 

Segundo o economista, os riscos são ainda maiores para negócios de pequeno porte. “As empresas pequenas têm uma margem de erro muito menor que as grandes. Qualquer erro financeiro pode levar a uma situação mais crítica.”

 

Defina um salário mensal 

Ser empreendedor individual tem a grande vantagem de não precisar dividir o lucro da empresa com um sócio, mas isso não quer dizer que você pode sair gastando todo o rendimento. Defina um valor fixo que você poderá retirar por mês, como se fosse o seu salário. Isso vai permitir que você faça um planejamento financeiro e construa uma reserva para futuros investimentos.

 

Apareça e cresça!

Quem não é visto, não é lembrado, muito menos procurado. É fundamental incluir no seu plano de negócios boas estratégias de marketing. Na medida das suas possibilidades financeiras, destine uma parte da verba para fazer o seu negócio aparecer e alcançar o maior número de pessoas possível. 

 

As redes sociais são boas ferramentas de divulgação de pequenos e grandes negócios. Dedique uma parte do seu tempo para isso ou contrate alguém para administrá-las. Quando as ações são bem feitas, o retorno é muito positivo.

 

(%2b)Clique aqui para aprender mais sobre MEI

 

*Mônica Arruda é analista técnica do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE) e Kyssier Oliveira é consultor do Sebrae/CE.

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Veja como se inicia a trajetória de um MEI

MEI
14:52 | Dez. 06, 2018 Tipo

O Brasil conta hoje com mais de 7,6 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI). Somente no Ceará são 244.411 mil empresas cadastradas na categoria. O comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios é a atividade que concentra o maior número de empresas desse tipo (614.597 mil em todo o Brasil). Já em relação à faixa etária, a maioria dos empreendedores individuais (2.387.490 milhões) tem entre 31 e 40 anos.

A categoria surgiu há uma década, através da Lei Complementar nº 128/2008 que alterou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (nº 123/2006). Desde então, empreendedores individuais passaram a ter um regime tributário diferenciado, o que estimulou milhares de pessoas a saírem da informalidade e outras tantas deixarem de pagar impostos tal como empresas com faturamento bem superior aos 81 mil anuais permitidos hoje a um MEI.

O que preciso para ser um MEI?

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A formalização como MEI pode ser feita via internet, no Portal do Empreendedor. Antes de se formalizar, no entanto, é preciso estar atento a alguns pontos.

O primeiro passo é consultar a legislação do seu munícipio para saber se o seu negócio é viável. Algumas atividades não podem, por exemplo, ser exercidas em determinadas regiões da cidade ou em residências e isso vai necessariamente exigir de você um outro local para trabalhar.

Algumas pessoas não podem se inscrever como MEI: titular, sócio ou administrador de outra empresa; pensionista e servidor público federal em atividade (servidores públicos estaduais e municipais devem observar os critérios da respectiva legislação). 

É necessário ainda verificar se o empreendedor recebe algum benefício previdenciário, como aposentadoria por invalidez, auxílio doença, seguro desemprego e etc, pois alguns deles podem impedi-lo de se inscrever ou serão perdidos posteriormente.

Qual a documentação necessária?

Verificado isso, o próximo passo é se formalizar. A documentação necessária será: número do CPF, data de nascimento do titular, número do título de eleitor ou o número do último recibo de entrega da Declaração Anual de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), caso esteja obrigado a entregar o documento.

Após a inscrição, a recomendação é que você imprima a série de documentos gerados e guarde-os para eventuais consultas: Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) para recolhimento das contribuições ao INSS, ISS e/ou ICMS para o ano; Certificado de Microempreendedor Individual (CCMEI) e Cartão do CNPJ no site da Receita Federal. 

O Relatório de Receitas Brutas, disponível no Portal do Empreendedor/Obrigações, também deve ser preenchido mensalmente. 

Estou formalizado. Quais são meus deveres e benefícios?

A partir de agora você já tem um CNPJ e poderá, inclusive, emitir nota fiscal se for necessário (embora não seja obrigado). O seu faturamento anual tem o limite máximo de R$ 81 mil ou R$ 6.750,00 por mês. Você será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

O MEI tem como despesas tributárias apenas um pagamento mensal, que corresponde a R$47,70, ou R$ 48,70 (Comércio ou Indústria), ou R$ 52,70 (prestação de Serviços) ou R$ 53,70 (Comércio e Serviços juntos). 

O pagamento pode ser feito por meio de débito automático, pagamento online ou emissão do DAS, através do Portal do Empreendedor. Além disso, também tem como obrigação fazer a Declaração Anual Simplificada (DASN-SIMEI).

O MEI tem direito aos benefícios previdenciários, como auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros.

Confira aqui a lista das atividades que podem ser exercidas como MEI 

(%2b) Clique aqui para saber mais sobre ser um MEI 

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Aprenda a fazer uma promoção de sucesso

Promoção
18:03 | Dez. 05, 2018 Tipo

Quem nunca fez uma comprinha só para aproveitar a promoção, parabéns! Você integra uma pequena porcentagem da população que resiste a esta palavra estampada nas vitrines. A maior parte do público que se esbarra com uma liquidação nas lojas entra para dar uma olhadinha e acaba de sacola cheia. E há também quem espere o ano todo para fazer compras exclusivamente nos períodos de preços baixos.

O Guia do Empreendedor das Galáxias preparou dicas imperdíveis para você montar uma superpromoção no seu negócio e sair lucrando com isso. Confira!

Planeje-se

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Como qualquer passo a ser dado dentro de um negócio, planejar o público-alvo, o objetivo, quando e quais estratégias serão usadas para montar uma promoção vai evitar prejuízos e um efeito negativo.

“Tem que ter muito cuidado porque eu posso depor contra a minha marca. Não posso, por exemplo, colocar em promoção de 50% uma peça que vendeu muito no mês passado. Quem comprou pelo preço normal vai ficar com raiva”, alerta Bruno Leitão*, especialista em marketing.

Defina o produto e o público-alvo

Em lojas de produtos diversificados, como supermercados, por exemplo, você precisa definir quais produtos quer colocar em promoção. Definido isso, vai decidir para quem você quer que a promoção se destine: se para clientes já fidelizados, se para novos clientes, enfim, para qual público você quer vender.  

Trace um objetivo

Fazer uma promoção pode ter vários objetivos: desencalhar peças antigas para dar lugar a novos produtos é a mais comum. Mas ela pode servir também para aumentar o volume de vendas e o faturamento; divulgar a marca; atualizar o cadastro de clientes; chamar atenção para uma nova linha de produtos; entre outros. A escolha vai depender das necessidades do empresário. 

Traçando o objetivo da promoção, você vai poder escolher melhor o tipo de desconto ou benefício a ser dado ao cliente.

Escolha a estratégia

Você pode conquistar seus clientes das mais variadas formas. As estratégias de baixar os preços, de leve duas e pague uma e descontos progressivos são as mais comuns. Bruno leitão lembra que fazer mais do mesmo pode não trazer o efeito desejado. “As promoções hoje estão muito batidas. O ideal é que você consiga entender quem é o seu público-alvo para fazer coisas bem criativas, sair do lugar comum”, diz.

Uma estratégia que tem funcionado bem com clientes dos mais variados setores produtivos é a da “gameficação”. Nela, o público consome o produto e é estimulado a participar de brincadeiras que geram prêmios e brindes. “É uma estratégia que está dando certo porque não tem idade certa e as pessoas estão participando”, destaca Bruno. Segundo ele, as estratégias que estimulam a interação dos clientes com marca, especialmente através das redes sociais, também estão em alta no momento. 

Defina o preço ideal

O fato de você querer aumentar o volume de vendas com preços mais baixos não quer dizer que você precise ter prejuízo. Pelo contrário. O ideal é que você aumente o seu faturamento. Para isso, é importante que você saiba a margem de lucro em cima de cada peça para definir qual desconto pode aplicar em cima de cada uma. 

“Uma estratégia boa é pegar produtos de baixo giro (pouca saída), que tem alta margem de lucro, e combinar com produtos de alto giro (muita saída), que têm baixa margem de lucro, para equilibrar”, sugere Bruno Leitão.

Escolha o período certo

As épocas que são naturalmente de baixas vendas, tais como agosto (pós Dia dos Pais) e setembro, são as melhores. É preciso ficar atento também à frequência das promoções para evitar a banalização. “Quando eu faço promoção demais, eu acostumo o meu cliente e prejudico minhas vendas. Pode cansar o público e acabar não dando mais o retorno esperado”, lembra o especialista. 

Treine seu pessoal

Todos que estarão no front de vendas devem estar informados das promoções e aptos a tirar dúvidas dos clientes.

Divulgue sua promoção

Fazer todo o planejamento, ter ideias geniais e ninguém saber disso é trabalho, tempo e dinheiro jogados fora. Alguns dias antes, divulgue o início da promoção e no período, intensifique a divulgação para que a informação chegue ao máximo de pessoas possível. As redes sociais são ótimas caminhos para isso. 

*Bruno Leitão é consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Ceará).

(%2b) Clique aqui para saber mais sobre promoções

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Como uma pesquisa de mercado funciona como ferramenta de orientação?

16:12 | Dez. 05, 2018 Tipo
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Como o próprio nome já diz, a pesquisa de mercado é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo levar o empreendedor a conhecer melhor o seu mercado. Os dados coletados servirão de base para as mais diferentes tomadas de decisão. Confira o que o Guia do Empreendedor das Galáxias preparou para você sobre o assunto!
 
Como fazer uma pesquisa de mercado?
A orientação dos especialistas é que o investidor trace três pilares no começo de uma pesquisa de mercado: público, concorrentes e mercado fornecedor. As informações resultantes servirão para várias tomadas de decisão.

A partir da segmentação do público, o empreendedor vai poder definir as características dos produtos ou serviços que vai oferecer. “Vou pensar, por exemplo, no material que eu vou usar. Se vai ser mais durável para atender um público mais exigente, ou menos durável para consumo mais rápido”, exemplifica a analista de negócios Mônica Tomé*.
 
O segundo pilar a ser traçado é dos concorrentes que estão no mercado. A pesquisa vai servir para pensar nos diferenciais a serem ofertados. “Eu não vou estar num mercado estéreo, vou estar num mercado dinâmico, vivo e que existem outras pessoas oferecendo produtos semelhantes ao meu ou atendendo necessidades semelhantes àquelas que estou me dispondo a atender”, lembra a especialista.
 
O terceiro pilar trata do mercado fornecedor, da cadeia de suprimentos e insumos. Segundo Mônica, uma pesquisa antes de iniciar o negócio vai permitir saber se o empresário está em um mercado fornecedor muito restrito, ou se dependerá de um ou dois fornecedores e terá dificuldade de substituí-lo. “Um fornecedor muito longe, por exemplo, pode tirar a competitividade porque terá um custo de transporte maior”, explica. 
 
Quais são os tipos de pesquisa?
Um pequeno empresário pode realizar três tipos de pesquisa. A primeira delas é a pesquisa direta, na qual a empresa vai diretamente ao consumidor e verifica desejos, necessidades ou satisfação com algum produto ou com o próprio mercado. Ela tem um custo mais alto e precisa ser muito bem planejada.
 
Outra forma são as pesquisas secundárias, que são aquelas feitas a partir de dados já coletados para determinado segmento, serviço, produto ou público. “Pesquisas como Censo e Pnad são pesquisas que nos fornecem muitos dados sobre o comportamento da população, perfil... Geralmente, as pessoas pouco utilizam e hoje, com a internet, nós temos muita informação disponível”, destaca Mônica Tomé.
 
Uma terceira possibilidade é o levantamento de informações a partir da observação. Um exemplo desse tipo de levantamento é o “cliente oculto”, metodologia em que um analista se passa por cliente para observar como está o andamento do processo de venda ou prestação de serviço. 
 
“É uma coisa que não custa caro, mas a gente precisa educar nosso olhar e a forma de perceber o mercado. Quando você está dentro do processo, você não percebe e não sabe o que está acontecendo dentro da empresa. E algumas informações gerenciais que você tem, não se explicam sozinhas. São questões onde é observada a atitude dos colaboradores, por exemplo”, pontua a analista.
 
Como aplicá-la nos negócios?
Todos os dias, empresários têm que tomar decisões relevantes para o desempenho da empresa com base no mercado ou nas estratégias de marketing. Muitas delas, serão tomadas a partir da pesquisa de mercado. 
 
Ao conhecer o perfil do seu consumidor, o empresário vai poder, por exemplo, melhorar a decisão de como vai disponibilizar o seu produto, a estrutura de logística, qual o meio de comunicação ele está usando para se comunicar com o seu cliente e se está funcionando bem. “Basicamente, todas as decisões do marketing passam pelas informações que serão coletadas na pesquisa”, explica Mônica Tomé.
 
Qual a periodicidade ideal para realizar pesquisas de mercado? 
A pesquisa deve ser melhor estruturada quando o empreendedor está pensando em começar um negócio e depois, pelo menos uma vez por ano para saber como está o mercado.
 
O ideal é que as informações sejam mescladas com uma avaliação da empresa, de como estão os negócios e quais resultados estão sendo gerados. “Buscar entender como está o mercado é uma coisa que você precisa estar fazendo permanentemente”, ressalta a analista de negócios.  
 
Segundo ela, o empresário deve buscar todas as informações de mercado e cruzar os dados dessas perspectivas com a realidade do negócio. “Não é só buscar informação, é buscar e analisar as informações que estão fora com as que eu estou obtendo dentro da empresa. Qualquer informação que eu tenha gerado dentro da empresa e que não permita que eu tome uma decisão ou trace uma estratégia, é gastar dinheiro, perder tempo, porque ela não vai me dar retorno algum”, lembra. 
 

*Mônica Tomé é analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do
Estado do Ceará (Sebrae/CE)
 

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O que esperar do mercado de produção audiovisual?

Produção Audiovisual
09:34 | Dez. 04, 2018 Tipo

As constantes mudanças no mundo tecnológico têm mexido com toda a cadeia empresarial. Para quem trabalha diretamente com a produção de conteúdo audiovisual, as inovações são sentidas com mais intensidade no dia a dia. Desde os modos de produção à forma como o público tem consumido os conteúdos, tudo vem se transformando num ritmo frenético. 

Um estudo publicado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2015, apontou que, para o mercado de audiovisual, o maior desafio de tais mudanças foi transformar os benefícios da (re)evolução tecnológica em oportunidades de crescimento, em novas formas de remuneração ou, ainda, em formas de sobrevivência das empresas e dos empreendedores frente a esse mercado.

O produtor audiovisual e diretor da Toque de Midas Produções, João Guilherme Studart, acredita, no entanto, que as inovações tecnológicas não são um desafio para as produtoras que já estão antenadas às mudanças. Para ele, elas são aliadas na captação de novos clientes. “Eu vejo como uma coisa positiva. Eu sei como fazer, tenho um equipamento que na maioria das vezes só preciso atualizar o software, então, o cliente que não consegue acompanhar tanta mudança, vai procurar quem já está capacitado”, diz. 

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Para o analista de economia criativa Glauber Uchoa*, apesar das grandes mudanças, o audiovisual continua sendo uma boa opção de investimento, especialmente nas produções ligadas à publicidade. “Audiovisual é uma tendência de consumo de negócio, mas passa por transformações. As pessoas que ainda fazem o tradicional têm que se atentar para esses novos negócios. Os players tradicionais que eram grandes mudaram suas formas de contratação, de vendas dos produtos e os produtores já estão indo atrás disso”, alerta. 

Há espaço para a sua ideia

Os últimos anos foram de crescimento para o setor de audiovisual brasileiro. Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), em 2014, o Brasil ocupou o 10º lugar entre os principais mercados mundiais em produção e consumo audiovisual. 

Ainda de acordo com a Ancine, até 2020 o Brasil pode transformar-se no quinto mercado do mundo em produção e consumo de conteúdos audiovisuais para cinema, televisão e novas mídias. Além disso, a estimativa é que se alcance 4.500 salas digitais, com capacidade para atrair 220 milhões de espectadores. 

Conforme Glauber Uchoa, não faltam oportunidades no setor. “Tem uma diversidade grande de possibilidades, desde a pessoa que pode ser youtuber a produtora de trabalhe com publicidade”, exemplifica. “As produções nacionais estão se beneficiando de leis que exigem conteúdo nacional nas plataformas, nos canais... ainda tem bastante possibilidade de produzir”, completa. 

Glauber lembra que, apesar da crise econômica, o produtor pode contar com editais públicos de fomento ao setor, além das novas possibilidades de negócios lideradas,

principalmente, pelas startups que trabalham com audiovisual. 

Prepare-se para entrar no mercado

Para quem pensa em investir no segmento, precisa, antes de tudo, estudar o mercado onde está entrando. “Primeiro ele precisa entender quem é o cliente, saber para quem vai vender os seus serviços, isso é básico para qualquer negócio. Segundo, tem que saber vender porque o serviço pode ser de alta qualidade, mas o cliente não compra porque é caro”, enumera o analista de economia criativa.

O empreendedor do ramo precisa ainda saber como o mercado funciona e estar sempre próximo de quem já está inserido no mercado para entender as dinâmicas dos negócios. “Tem que participar de eventos, plataformas de discussão, se capacitar. A atualização tecnológica é um caminho natural a partir do momento em que ele vai vivenciando o negócio”, pontua Glauber Uchoa. 

Já João Guilherme ressalta que o empreendedor deve entrar no mercado sabendo que a concorrência está acirrada e o principal diferencial para se destacar é o investimento em um trabalho de qualidade antes mesmo de ser contratado. “Hoje em dia não precisa de muito para fazer bons vídeos. Ter um portfólio legal para apresentar ao cliente é fundamental, ele vai poder vai poder avaliar a qualidade do seu serviço”, diz. 

(%2b)Clique aqui para saber mais sobre o mercado audiovisual:

*Glauber Uchoa é analista do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae/CE)

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