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Ações para uma Fortaleza mais segura

Para o desenvolvimento de um trânsito harmonioso, o aprendizado é um dos pilares para garantir que a população esteja consciente de seu papel. Nessa perspectiva, projetos voltados para diferentes parcelas da população auxiliam para que haja uma atuação mais assertiva dos cidadãos.

Criada para atender crianças e jovens, a Escola de Mobilidade Urbana, inaugurada em 2016, é voltada para levar aprendizado de forma prática aos visitantes. No equipamento, estão presentes simulações de ciclofaixas, faixas de pedestre, semáforos, entre outros. O objetivo é mostrar instruções de segurança para usuários de diferentes tipos de deslocamento. “Todas as nossas ações são voltadas para esses atores. Se eles seguirem nossa orientação - ou seja, o pedestre respeitando o semáforo, só fazendo a travessia da via na faixa de segurança, na faixa elevada, ou na passarela, obviamente a redução de acidentes é grande”, explica Nertan Rocha, gerente de educação para o trânsito da AMC.

O gestor explica que, em média, cerca de 100 crianças são atendidas por dia no equipamento. Nos últimos três meses, 81 escolas já participaram dos treinamentos, com mais de três mil estudantes beneficiados. 68 empresas e instituições também visitaram a Escola de Mobilidade, que recebe pessoas físicas ou jurídicas. Para se inscreverem, os interessados devem preencher ofício direcionado para a Autarquia, em uma das centrais de atendimento da entidade.

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Um dos segmentos que mais recebe atenção no quesito segurança, os motociclistas de Fortaleza têm acesso a uma capacitação adicional por meio do Centro de Treinamento (CT) de Motociclistas da AMC. Fundado em março deste ano, o modelo do CT foi inspirado em iniciativa semelhante presente em São Paulo, com foco na redução do número de óbitos dos condutores. Em 2018, essa parcela foi responsável por 101 mortes nas vias de Fortaleza.

De uso gratuito, o CT garante quatro horas/aula de aprendizado para turmas de motociclistas da Capital. Hoje, a demanda de atendimento é de uma turma por dia, explica André Luís, assessor técnico da AMC. “Temos uma cidade com alta taxa de motorização e densidade demográfica, mas com um poder operacional que ainda é limitado. Preciso saber quais são as situações mais críticas para otimizar os recursos e ações focadas em garantir um ir e vir cada vez mais seguro”, diz.

Desde março, 362 alunos já participaram da formação. Podem se inscrever interessados avulsos, empresas ou grupos. Há também a possibilidade de montar treinamentos personalizados, com duração de oito a 16 horas/aula.

O que se aprende no Centro de Treinamento para Motociclistas

- Comportamentos que podem ocasionar acidentes.

- Ajustes mecânicos no veículo. Condições de itens como corrente, sistema de freio e pneus.

- Reforço da importância do uso do capacete.

- Exercícios de frenagem e maneabilidade das motos.

Serviço

Centro de Treinamento de Motociclistas da AMC

Contato: (85) 3275. 7364 / 3275.9563

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Cuidados com motociclistas são reforçados em nova campanha da AMC

Pandemia
07:00 | Mai. 27, 2020 Tipo Publieditorial

Com medidas de distanciamento social decretadas no Ceará desde março e o isolamento social rígido vigorando em Fortaleza desde o início de maio, o número de acidentes de trânsito na Capital diminuiu 72%, segundo dados da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). O quantitativo de óbitos por acidentes também foi alterado, com mortes por colisões e atropelamentos reduzidas em cerca de 40%. No entanto, um grupo de condutores tem aumentado nas ruas: os motociclistas que realizam entregas, responsáveis pela maior parte dos serviços de delivery em Fortaleza.
Pensando nisso, a AMC lançou uma nova campanha educativa direcionada a esse público na semana passada. A ideia do vídeo, que vem sido veiculado na imprensa e nas redes sociais e tem como protagonista um entregador de aplicativo, é lembrar a importância de ações de prevenção para evitar o contágio e a transmissão da Covid-19, bem como a necessidade de seguir as regras de trânsito mesmo com menor movimento nas vias.
“O trabalho dos motociclistas, que já era importante, tem sido fundamental para a cidade nesse momento. Porém, além de esses trabalhadores estarem se expondo e expondo suas famílias ao risco de transmissão, eles também podem ser vetores da doença, pois estão em contato com muitas pessoas. Por isso, estamos conduzindo ações de orientação em nossos comandos operacionais, com distribuição de máscaras e informações sobre higiene”, explica o superintendente da AMC, Arcelino Lima.
Outro aspecto relevante da campanha é o reforço das leis de trânsito, já que com as ruas mais tranquilas é comum que condutores desrespeitem as normas com maior frequência.
“Como as vias estão mais livres, o motociclista fica mais propício a avançar semáforos, andar na contramão ou circular sobre a calçada para se locomover com mais rapidez. Também é comum que o condutor não afivele corretamente o capacete e exceda o limite de velocidade. Essas são as principais medidas de segurança que não podem ser desrespeitadas”, completa.

Acidentes de trânsito podem sobrecarregar hospitais na luta contra a Covid-19
Ficar em casa, nesse período, é auxiliar diretamente os hospitais e profissionais que estão na linha de frente contra a Covid-19. E isso não se aplica somente através do distanciamento entre pedestres: com menos carros, motos e bicicletas nas ruas, a probabilidade de colisões e atropelamentos diminui, bem como a chance de haver feridos nesses acidentes, o que resulta em maior disponibilidade de leitos para doentes infectados pelo coronavírus.
“Se você tem um volume de tráfego menor, a probabilidade de haver acidentes cai, e você ajuda diretamente a rede de saúde. Dessa forma, além de evitar aglomeração, o leito que seria ocupado por esses pacientes, seja para uma sutura simples ou para um tratamento mais sério, fica disponível para quem está infectado e precisa de cuidados mais intensos”, lembra o superintendente.
Por isso, a AMC tem intensificado barreiras de fiscalização em pontos da Capital que registram menor taxa de isolamento social, como as regionais I e V. “Nosso contingente está focando em pontos de ampla movimentação mesmo durante a quarentena, como a Via Expressa e outras avenidas da cidade. Estamos fazendo um levantamento constante para identificar esses locais, com a ajuda de sensores e da rede de semáforos”.

Principais cuidados no trânsito para motociclistas
- Respeitar limites de velocidade, não avançar sinais ou andar na contramão, mesmo em vias mais tranquilas;
- Uso de máscara de proteção, mesmo com o capacete;
- Higiene constante das mãos com álcool em gel, especialmente antes e após ter contato com produtos e clientes;
- Distanciamento de pelo menos 1,5 metro no recebimento e entrega de produtos;
- Uso de capacete afivelado;
- Higiene constante do veículo.

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AMC na quarentena
- Desde o início do isolamento social rígido em Fortaleza, a AMC já realizou mais de 12 mil abordagens a veículos para orientações sobre medidas preventivas contra o coronavírus
- Ao todo, foram entregues 725 kits educativos
- Até agora, já foram distribuídas 1.450 máscaras em diversos pontos da Capital

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A missão de salvar vidas

Trânsito
07:00 | Dez. 14, 2019
Autor Sara Oliveira
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Sara Oliveira
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Tipo Publieditorial

Um órgão técnico, com uma missão difícil e nobre. Já parou para pensar o trânsito de Fortaleza sem ações de educação, planejamento, fiscalização, monitoramento e segurança? Sim, porque elas estão acontecendo a todo momento. Refletem no vai e vem dos milhares de veículos que cruzam a Cidade diariamente. E são base para que iniciativas ousadas virem realidade desse cotidiano. O trânsito municipalizado é uma conquista de qualquer cidade, e a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) tem muita história para contar nesses anos de atuação.

Conhecer um pouco mais sobre o trabalho da AMC é importante para tornar a relação entre pedestres, motoristas e passageiros cada vez mais segura, rápida e eficaz. Saber, por exemplo, que os nomes que tomam decisões estão lá porque têm conhecimento para isso. Que passaram por diferentes gestões e aprenderam em cada uma delas. “A AMC tem uma missão mobilista que é realmente tornar o trânsito mais humano e preservar a vida. Olhando para trás e para o agora, tivemos um salto imenso de qualidade e foco”, destaca o secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia.

Quando ele fala em foco se refere à responsabilidade de que todas as ações dialoguem, tenham meta e caminho para cumpri-la. Semanalmente, técnicos de várias áreas da gestão municipal se reúnem para ver a melhor forma de chegar à mesma abordagem prioritária: a pessoa. “Por muito tempo os órgãos de trânsito no Brasil foram garantidores de fuidez. E isso é importante. Mas há sete anos a gente tem trabalhado para que vidas sejam preservadas. Para que as pessoas saiam de casa e se sintam seguras no trânsito”, avalia Sabóia.

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Fortaleza deverá, em 2020, alcançar a quinta redução consecutiva do número de mortos no trânsito. “Mudou o propósito. Venha quem vier depois, vai encontrar essa mudança de propósito na cabeça das pessoas e principalmente dentro do universo dos agentes de trânsito. E isso é muito importante, porque são eles que estão na rua”, afirma o superintendente da AMC, Arcelino Lima. Parte fundamental dessas mudanças foi a centralização das ações em trânsito. A AMC também gerenciava iluminação pública e abarcava serviços públicos de diferentes segmentos.

Hoje, é apenas trânsito e cidadania. Essas são as prioridades. “Facilitou em termos de funcionamento do órgão. Mas também quando a gente diz cidadania, ter servidores engajados disciplinando a circulação e até mesmo envolvidos em ações de recuperação, de revitalização de praças, de pintura artística em uma área, dentre outras iniciativas, estamos tentando desenvolver ainda mais a nossa figura cidadã dentro de Fortaleza”, explica Arcelino.

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Ter dados significa ter fluidez e segurança

Estatística
06:00 | Dez. 14, 2019 Tipo Publieditorial

Um dos avanços prático e importante dessa mudança de paradigma da AMC, onde trânsito é fluidez, mas é também e, essencialmente, segurança do cidadão que nele atua, foi a organização de dados. Estatística é desafio para qualquer órgão de atuação em serviços públicos. A AMC é destaque nacional quando o assunto é estruturar informação e focar no aproveitamento desses dados. O norte, mais uma vez, é a segurança.

O primeiro passo foi revitalizar o Sistema de Informação em Acidentes de Trânsito (SIAT), compilando dados das unidades de saúde, como da própria secretaria, do Instituto Dr. José Frota (IJF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de órgãos de trânsito e de polícia. O passo, agora, será mais largo, principalmente na rapidez e frequência desses dados. “Se você não tiver dados, não consegue ver como as áreas funcionam”, frisa Sabóia.

Entenda como a clareza de um dado é importante: a literatura sobre trânsito fundamenta que seja considerada uma vítima de acidente uma pessoa que veio a falecer em até 30 dias após uma ocorrência. Em Fortaleza, a estatística vai considerá-la mesmo que o falecimento aconteça 120 dias após o acidente. “É claro que, depois de 30 dias, muitas complicações médicas acontecem. Mas essa pessoa entrou no hospital por conta do acidente. Então precisa ser considerada”, pondera o superintendente da AMC, Arcelino Lima.

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A partir de 2020, os dados que servirão de base às ações de trânsito na Capital trarão, além dos números de hospitais e atendimento de urgência, análises de segmentos mais específicos, como a atuação da Polícia Forense. O objetivo é ter mais eficácia tanto na compilação desses dados e na alimentação quanto na consulta dessas informações por parte dos técnicos, que terão mais facilidade para analisar e avaliar os acidentes de trânsito.

“A gente quer cada vez mais qualificar essa análise. No caso dos acidentes com vitimas fatais, por exemplo, existe uma comissão que se reúne quinzenalmente para ter um maior entendimento sobre a ocorrência e a partir desta avaliação traçar ações imediatas para evitá-los no futuro”, explica o coordenador da Iniciativa Bloomberg em Fortaleza, Dante Rosado. Atualmente, os dados já são importantes para tomadas de decisões. No último trimestre, foram identificados 30 cruzamentos com maior número de acidentes, 80% dessa lista já receberam algum tipo de ação, e os outros 20% já estão programados para receber intervenção.

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Capacitação e tecnologia em prol do trânsito

FISCALIZAÇÃO
06:00 | Dez. 14, 2019 Tipo Publieditorial

Nas ruas, hoje, operam agentes de trânsito também mais capacitados. Buscando as melhores práticas, com treinamentos anuais e uma equipe de psicólogos à disposição, os agentes passam a ter uma atuação mais humanizada junto à população, mas também mais efetiva em relação à fiscalização. “Nosso efetivo é pequeno, mas é muito profissional e qualificado. Fazemos abordagens específicas com foco nos principais fatores de risco como a alcoolemia e o capacete, além de ações como o Esquina Segura, que aumenta a segurança para condutores e pedestres”, frisa o assessor técnico da AMC, André Luís Barcelos.

Um das iniciativas que contribuem com a operação e orientação no trânsito foi trazida de outras cidades. E como tantas ações pioneiras na terra alencarina, a operação Via Livre expôs avanços. Foi preciso cautela para que a população entendesse que os operadores não eram agentes de trânsito, mas organizadores do trânsito. “Eles se diferem pelo fardamento e pelo fato de não poderem fiscalizar, mas se complementam nas operações que desempenham. Os orientadores dão um apoio importante para a Cidade, principalmente nas modificações de sentido das vias, pontos de travessia para pedestres e cruzamentos que necessitem de um controle”, detalha Arcelino Lima.

Os operadores trabalham também em ações cotidianas, como no bairro Montese, que registra alto volume de ônibus e, portanto, demanda organização em horários de pico. Em grandes eventos, onde o trânsito do entorno será afetado, os operadores também são importantes. “Pela legislação, o responsável pelo evento é também pelas mudanças que serão causadas. Nestes casos, o solicitante vai até a AMC, e então começamos a elaborar um plano operacional que inclui vistorias técnicas ao local, avaliação dos pontos de bloqueio e rotas de desvio. A partir desse planejamento já estimamos a quantidade de operadores necessários”, detalha o superintendente da AMC.

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São cerca de 135 operadores, todos credenciados em empresas. A contratação deles é feita entre Prefeitura e empresa ou entre realizadores de eventos e empresa. O treinamento para a atuação, entretanto, é realizado pela Autarquia. O gerente de Operação e Fiscalização da AMC, Disraelli Brasil, destaca a importância do Via Livre para ajudar a organizar o trânsito quando há falha na rede semafórica da Cidade, que hoje agrega quase mil semáforos. “Quando há algum problema, que o semáforo entra no modo de segurança, são eles quem vão pra lá e operam até que tudo seja restabelecido”, exemplifica.

ZONA AZUL DIGITAL

- Estacionamento rotativo.

- Arrecadação 100% destinada para política cicloviária.

- 8.277 cartões vendidos por dia.

- 88.317 cartões vendidos por mês.

- 2.514.379 cartões vendidos desde o início.

PROJETO ESQUINA SEGURA

- Desde o início do Programa Esquina Segura, em março de 2017, houve redução de 61% no número de acidentes com vítimas em 251 pontos de Fortaleza.

- Garante visibilidade para motoristas em vias transversais.

- Impede o estacionamento irregular nas esquinas.

- Facilita a travessia de pedestres.

- É adotado em cidades como São Paulo e em países como Estados Unidos, Espanha, Colômbia e México.

- O novo layout executa área de travessia encurtada, prolongamento da calçada demarcada (por pintura da cor verde, tachões e balizadores).

SEGURANÇA NO TRÂNSITO

- Número total de mortes causadas por acidentes no trânsito caiu pela quarta vez consecutiva.

- Saiu de 377 para 226 entre 2014 e 2018.

- De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o índice de mortes no trânsito por 100 pessoas caiu 40% no período, reduzindo de 14,7 para 8,5.

- Em quatro anos, 423 vidas foram salvas.

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amc
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Histórias de ultrapassar obstáculos

Conquistas
06:00 | Dez. 14, 2019 Tipo Publieditorial

Não foi fácil, mas foi surpreendente. Há alguns anos, seria impensável que bicicletas pudessem ser usadas de forma compartilhada. Eu pego aqui e deixo do outro lado da Cidade. Ou que as vias tivessem uma faixa exclusiva para o transporte público, e isso tivesse impacto direto no tempo de trajeto diário. Áreas de trânsito calmo? Lombada ecológica? Fortaleza se descobriu. E os órgãos que lidam com o trânsito mostraram que isso era possível.

“A gente sofreu, por exemplo, com a primeira ciclofaixa. Mas a Cidade aprendeu rápido. Até o pessoal do cicloativismo viu depois que era uma política consolidada e que as ciclofaixas iam avançar pelos bairros”, recorda o superintendente da AMC, Arcelino Lima. O gestor lembra que durante a implantação das primeiras ciclofaixas, nas ruas Canuto de Aguiar e Ana Bilhar, algumas pessoas chegavam a contar quantos ciclistas passavam, no intuito de mostrar que a intervenção não era necessária.

Desconfiança também surgiu com o início das faixas exclusivas para transporte coletivo. “Rapaz, botaram isso foi para multar”, lembra Arcelino sobre os comentários. Boa parte das críticas foi direcionada para a faixa exclusiva da rua Padre Valdevino, onde, das duas faixas, uma está dedicada aos coletivos. “E é uma das vias com faixa exclusiva mais respeitada e que registra menos infração”, ressalta.

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A AMC também precisou provar que estabelecer uma rede de semáforos eficiente e confiável não é fácil, exige cuidado. Em 2015, a empresa que administrava a rede abandonou o contrato. “Tivemos que assumir naquele momento. E a empresa anterior detinha todos os segredos da tecnologia. Mas conseguimos tomar conta da situação”, conta Arcelino. Passados os momentos mais críticos, a rede foi reestruturada, saindo da interligação por linha telefônica para fibra ótica.

O histórico que reúne obstáculos exibe também conquistas concretas como a priorização do transporte coletivo e do modal cicloviário, além da redução de mortes no trânsito, que foi possível devido, principalmente, às intervenções realizadas no âmbito da educação, engenharia e fiscalização.

Como a cidade é dinâmica, os desafios continuam e o planejamento feito diariamente direciona as ações. Avaliar como tornar ainda mais seguro o deslocamento, qual via necessita de semáforo, como dar mais velocidade a quem anda de ônibus são questões sempre avaliadas. “Hoje, a tomada de decisão está muito mais relacionada à questão da inteligência e da coleta de dados”, complementa o superintendente da AMC.

MONITORAMENTO DE TRÁFEGO

- Existem 360 pontos de fiscalização eletrônica e 110 câmeras de monitoramento de tráfego.

- Desde 2013, todos os equipamentos fazem leitura automática das placas.

- Segurança pública tem acesso aos dados em tempo real.

- O software SPIA (Sistema Policial Indicativo de Abordagem) estrutura a base de dados e pode rastrear o veículo identificado pelo equipamento.

- Ajuda a compreender os padrões de viagens a partir da quantificação do tráfego.

- Consegue avaliar ainda os impactos de intervenções.

- Os primeiros equipamentos, da década de 1990, usavam câmeras que precisavam ter suas imagens reveladas.

- Hoje, os equipamentos usam câmeras digitais, com conexão e transmissão em tempo real.

- A inclusão do vídeo nos equipamentos de fiscalização evita conflitos de interpretação sobre condutas indevidas.

REDE SEMAFÓRICA

A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) tem investido em semáforos centralizados controlados em tempo real.

Dentre os 975 equipamentos que compõem a rede semafórica da Capital, 56%

(549) possuem esse tipo de controle, enquanto 44% (426) são convencionais.

A tecnologia permite comunicação direta com a central do Controle de Tráfego em Área de Fortaleza (CTAFOR), viabilizando a detecção de falhas de forma imediata e otimiza os serviços de manutenção.

Os tempos desses aparelhos são otimizados em tempo real, variando de acordo com o fluxo veicular contabilizado pelos laços detectores instalados no asfalto.

A diferença entre os semáforos centralizados e convencionais é que estes possuem programações fixas para atender aos diversos níveis de tráfego durante o dia e têm os tempos determinados através de pesquisas que buscam identificar o fluxo de veículos nos horários de pico.

Como não são controlados em tempo real, os problemas detectados nestes aparelho precisam ser informados ao CTAFOR para que seja providenciado o reparo. As reclamações podem ser feitas pelo número 190.

A comunicação entre os semáforos centralizados, por exemplo, que antes era por via telefônica, agora é por fibra óptica, aumentando a confiabilidade e estabilidade.

 

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