'Estou em crise permanente', relata professora do RS
Ao assumir um Estado mergulhado em uma crise financeira e econômica, o governador José Ivo Sartori (MDB), que tentou a reeleição, mas acabou sendo derrotado nas urnas, tem sido cobrado pelos servidores públicos pelo recorrente atraso de salários. De 2015 para cá, os vencimentos dos trabalhadores foram parcelados em 35 ocasiões.
Para a professora de artes e religião Luciene Luzardo, 46 anos, o parcelamento dos salários e do 13.° prejudicou o cotidiano da família. "Ficamos completamente sem dinheiro. No primeiro ano dos atrasos, minhas dívidas só acumularam. Consegui sair do vermelho porque um amigo me emprestou R$ 1 mil", diz ela, que atua há dez anos na rede estadual de ensino, em Porto Alegre. "Estamos numa crise permanente. Nem presente de Natal dei ou vou dar para o meu filho, pois o 13.° vem aos poucos."
Aposentada, a técnica do Tesouro Sônia Klein, de 56 anos, também leva a vida na ponta do lápis. Moradora do litoral gaúcho, ela diz que a esperança de contar com o benefício acabou. "É uma angústia. Venho tirando dinheiro da poupança para pagar o cartão de crédito. Além disso, o comércio todo depende do 13.° salário, mas a gente não consegue se planejar. Como vou pagar minhas contas?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado