Cinco entre 8 atividades do varejo registram perdas em maio
O volume vendido subiu 2,7%, a 14ª taxa positiva seguida, impulsionado pelo crescimento de 8,0% no segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Segundo o IBGE, o setor foi menos afetado pela paralisação de maio porque manteve a comercialização de itens de necessidade básica e alimentos não perecíveis. A manutenção da massa de renda em circulação no País e a inflação de alimentos ainda comportada ajudam a sustentar o desempenho positivo do setor.
"A despeito das dificuldades no mercado de trabalho, a massa de Renda real vem se mantendo", apontou Isabella Nunes, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio no IBGE, lembrando que a apreensão provocada pela crise de desabastecimento também fez algumas famílias correrem às compras para estocar comida em casa.
Os demais avanços ocorreram em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,9%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,5%).
"O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico - que inclui lojas de departamento - pode ter algum impacto do Dia das Mães, e o setor farmacêutico e perfumaria é também um segmento de consumo essencial, diário e contínuo", argumentou Isabella.
Por outro lado, houve perdas em Combustíveis e lubrificantes (-7,9%), Móveis e eletrodomésticos (-6,1%), Tecidos, vestuário e calçados(-3,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-14,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,9%).
"Choque de oferta desestrutura, não tem nem fornecimento de matéria prima, tem choque de preços. E tem a dificuldade de deslocamento, a dificuldade de funcionários chegarem, ausência e atraso de funcionários. (A greve) Durou 11 dias corridos, oito dias úteis. Então tem impacto na dinâmica das atividades", disse a pesquisadora do IBGE.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas subiram 2,2% em maio ante maio do ano passado. O volume vendido por veículos subiu também 2,2%, enquanto material de construção recuou 1,9%.
Agência Estado