Meirelles: teto de gastos pode ser afetado por reajuste de servidor e reoneração
Pelos cálculos do Ministério da Fazenda, o valor desses dois pontos juntos seria de R$ 8 bilhões, o que seria compensado pelo reajuste menor do mínimo. "Com isso, a nossa previsão é cumprir o teto", afirmou Meirelles a jornalistas em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Para ele, no entanto, o governo ainda não deu o caso do aumento dos funcionários públicos como perdido.
A questão fiscal deste ano está equacionada, de acordo com ele. Uma vertente disso é que haverá o cumprimento da regra de ouro, conforme o ministro, com mais um pré-pagamento no valor de R$ 130 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Tesouro Nacional. "O teto também vai ser cumprido e, evidente, que se tiver o ganho, é melhor, porque diminui o déficit", considerou.
Outro ponto importante, ainda segundo Meirelles, é que o governo cumprirá a meta fiscal, já que o governo conta com um aumento da arrecadação. "Facilita muito esse quadro todo (de dúvidas sobre 2019), a questão de 2018 estar ancorado na meta fiscal, que vamos cumprir a regra de ouro e o teto. Não tenho dúvida que o limitador mais duro é o teto, mas vamos cumprir o teto."
A partir do ano que vem, o limitador mais relevante das contas públicas passa a ser o teto e a reforma da Previdência começa a ser ainda mais importante. Se em 2016 o rombo previdenciário correspondeu a 50% do Orçamento, no ano passado subiu para 57%. "É bastante", resumiu.
Já as discussões em torno da regra de ouro ficarão para o próximo presidente da República, conforme Meirelles, que ainda não definiu se vai ou não participar da corrida eleitoral em outubro. "Minha expectativa, e me perguntaram mais de uma vez, é que ganhe um candidato reformista", reforçou.
Agência Estado