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Monitor do PIB aponta queda de 0,48% em outubro ante setembro

08:54 | 15/12/2016
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,48% em outubro ante setembro, estimou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. No trimestre móvel encerrado em outubro, em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior (encerrado em julho), a queda foi de 0,74%, também na série com ajuste sazonal.

O indicador da FGV antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Na comparação com 2015, o Monitor do PIB apontou queda de 4,5% na atividade econômica de outubro sobre igual mês do ano anterior. Já no trimestre móvel encerrado em outubro, o PIB encolheu 3,1% ante igual trimestre de 2015, conforme a estimativa da FGV.

Segundo a FGV, na série de taxas trimestrais móveis, a queda de 3,1% em outubro foi "a segunda variação que indica uma ruptura na tendência de retomada da atividade econômica iniciada mais fortemente a partir de maio do corrente ano".

No trimestre encerrado em agosto, a queda de 2,6% no PIB ante igual trimestre de 2015 apontava uma diminuição no ritmo de baixa da atividade econômica.

A variação acumulada pelo PIB em 12 meses até outubro ficou negativa em 4,3%, levemente menos negativa do que a apresentada em setembro (-4,4%). Nesta comparação, "chama atenção o desempenho da indústria de transformação, do comércio, da formação bruta de capital fixo (FBCF) e da exportação", diz a FGV em nota.

Os três primeiros componentes apresentaram taxas de variação maiores nos 12 meses até outubro do que as apresentadas no acumulado em 12 meses até setembro: o PIB da indústria de transformação foi de -8,0% para -7,3%, o comércio foi de -8,5% para -7,8% e a FBCF, de -13,5% para -12,5%. Já a taxa de variação acumulada em 12 meses das exportações retraiu 2,3 pontos porcentuais quando comparada ao dado de setembro, chegando a 4,5%.

"Estes resultados chamam a atenção para as dificuldades de retomada do crescimento econômico que, provavelmente, se estenderão até o primeiro semestre de 2017", diz a nota da FGV.

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